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Líder do Hezbollah teme guerra civil no Líbano após protestos

Apesar disso, Sayyed Hassan Nasrallah louvou o movimento de protesto por conquistar reformas econômicas "inéditas"

Protesters waves flags as they chant slogans in Downtown Beirut, October 24, 2019. Hasan Shaaban/Bloomberg (Hasan Shaaban/Bloomberg)

Protesters waves flags as they chant slogans in Downtown Beirut, October 24, 2019. Hasan Shaaban/Bloomberg (Hasan Shaaban/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 25 de outubro de 2019 às 15h08.

Beirute — O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, alertou nesta sexta-feira que os protestos de âmbito nacional podem levar o Líbano ao caos, a um colapso e até a uma guerra civil.

Apoiadores do Hezbollah, grupo auxiliado pelo Irã que tem grande influência no Líbano, se chocaram com manifestantes antigoverno que estão nas ruas há dias, revoltados com a corrupção e a quase falência da economia.

Nasrallah rejeitou os clamores dos manifestantes pela deposição do governo. O país sofreu uma guerra civil catastrófica entre 1975 e 1990.

"Não aceitamos a queda da presidência, nem aceitamos a renúncia do governo, e não aceitamos, em meio a estas condições, a realização de eleições parlamentares antecipadas", afirmou Nasrallah.

Louvando o movimento de protesto por conquistar reformas econômicas "inéditas" anunciadas nesta semana, ele disse que agora o Líbano precisa procurar maneiras de seguir em frente e evitar um vácuo de poder perigoso.

Nasrallah é considerado uma das figuras mais influentes da nação. O Hezbollah, um grupo xiita, tem presença no governo e uma milícia bem armada que luta na Síria pelo presidente Bashar al Assad.

Os protestos que vêm paralisando o Líbano tomaram um rumo mais violento nesta sexta-feira, quando grupos que apoiam o Hezbollah confrontaram uma manifestação pacífica em Beirute, brigando com manifestantes e forçando o batalhão de choque a intervir.

Foi o nono dia de protestos que interditaram ruas e fecharam escolas e bancos de toda a nação.

Medidas de reforma emergenciais e uma proposta de diálogo com representantes dos protestos feita pelo presidente ainda não contiveram a revolta nem persuadiram as pessoas a deixarem as ruas.

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