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Líder do 5-Estrelas indica fim do governo da Itália e agradece premiê

Na tentativa de defender seu cargo após a moção de desconfiança da Liga, o primeiro-ministro Giuseppe Conte deve discursar ao Parlamento ainda nesta terça

Itália: muitos acreditam que o primeiro-ministro renunciará até o final desta terça (20) (Remo Casilli/Reuters)

Itália: muitos acreditam que o primeiro-ministro renunciará até o final desta terça (20) (Remo Casilli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de agosto de 2019 às 10h18.

Roma - Luigi Di Maio, chefe do governista Movimento 5-Estrelas, sinalizou o fim iminente do governo de coalizão da Itália nesta terça-feira agradecendo o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, por seu tempo no cargo.

"Aconteça o que acontecer, queria lhe dizer que foi uma honra trabalhar junto neste governo", disse Di Maio, que atua como vice-premiê no gabinete.

Conte deve discursar ao Parlamento ainda nesta terça-feira para defender sua atuação, já que o parceiro de coalizão do 5-Estrelas, a Liga, de extrema-direita, disse que apresentará uma moção de desconfiança no governo.

Ainda não há uma votação parlamentar agendada, e existe uma grande incerteza sobre como o tumulto político terminará.

Mas muitos acreditam que Conte renunciará até o final do dia, abrindo caminho para o presidente italiano, Sergio Mattarella, iniciar consultas formais com os partidos para ver se é possível formar uma nova coalizão - em caso contrário, ele dissolverá o Parlamento.

O líder da Liga, Matteo Salvini, exige novas eleições três anos e meio antes do prazo, confiante de que sua popularidade crescente nas pesquisas de opinião o conduzirá ao poder e empurrará o anti-establishment 5-Estrelas para a oposição.

Di Maio disse que os parlamentares do 5-Estrelas ficarão ao lado de Conte, um professor de Direito sem filiação política. "Cada um de nós sabe que estamos do lado certo da história", disse Di Maio em uma postagem no Facebook.

"A Liga terá que responder por sua decisão errada de pôr tudo abaixo, abrindo uma crise de governo no meio de agosto... só para cortejar votos", acrescentou.

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