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Líder democrata prevê aprovação de reforma imigratória

O presidente propôs conceder aos cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais dos EUA um meio de obter a cidadania


	O plano bipartidário do Senado prevê medidas para endurecer a segurança na fronteira dos EUA com o México antes de pôr em prática as ações para conceder status legal aos imigrantes em situação irregular
 (Getty Images)

O plano bipartidário do Senado prevê medidas para endurecer a segurança na fronteira dos EUA com o México antes de pôr em prática as ações para conceder status legal aos imigrantes em situação irregular (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2013 às 15h58.

WASHINGTON - O líder da bancada democrata no Senado dos Estados Unidos, Harry Reid, previu neste domingo que o Congresso vai aprovar e enviar para o presidente Barack Obama a revisão da legislação do país sobre imigração, ao declarar que "as coisas parecem estar realmente boas".

Na semana passada, Obama expressou a esperança de que o Congresso possa chegar a um acordo sobre a imigração, possivelmente ainda no primeiro semestre.

O presidente propôs conceder aos cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais dos EUA - na maioria, hispânicos - um meio de obter a cidadania, medida que antes era combatida por muitos republicanos.

O Partido Democrata, de Obama, tem maioria no Senado e os republicanos controlam a Câmara dos Deputados.

Durante entrevista ao programa "This Week", da TV ABC, perguntaram a Reid se a legislação da imigração poderá ser aprovada na Câmara.

"Bem, certamente vai passar no Senado. Seria um dia ruim para o nosso país e um dia ruim para o Partido Republicano se ele continuarem no caminho. Portanto, a resposta é sim", disse Reid.


Na terça-feira Obama escolheu o Estado de Reid, Nevada, que tem uma grande população hispânica, como o local de um importante discurso no qual instigou o Congresso a aprovar a nova legislação de imigração.

Nas eleições presidenciais, em novembro, os hispânicos foram cruciais para ajudar Obama a derrotar em Nevada o candidato republicano, Mitt Romney - que defendia a "autodeportação" dos imigrantes ilegais.

"Isso tem de ser feito", disse Reid, referindo-se à legislação sobre imigração. "É muito fácil redigir princípios. Mas redigir leis é muito mais difícil. E uma vez que temos a legislação pronta, então é preciso aprová-la. Mas eu acho que as coisas parecem estar realmente boas." Depois de anos de lentidão, a reforma da imigração de repente parece possível, já que os republicanos, prejudicados nas eleições de novembro pelo fato de que mais de 70 por cento dos eleitores hispânicos apoiaram Obama, parecem mais dispostos a aceitar uma revisão da lei.

Obama tem pressionado por uma forma de concessão de cidadania aos imigrantes ilegais que já estão nos Estados Unidos de um modo mais rápido do que o previsto em uma proposta de um grupo bipartidário, formado por oito influentes senadores.

Em vez de enfatizar a questão da segurança na fronteira, Obama defende que os imigrantes ilegais obtenham a cidadania se forem aprovados nas averiguações de segurança nacional e antecedentes criminais, pagarem as multas, aprenderem inglês e entrarem na fila atrás dos estrangeiros que procuram imigrar legalmente.

O plano bipartidário do Senado prevê medidas para endurecer a segurança na fronteira dos EUA com o México antes de pôr em prática as ações para conceder status legal aos imigrantes em situação irregular.

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