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Líder de Hong Kong receberá manifestantes em encontro oficial

Encontro tem como objetivo amenizar os violentos protestos na região, que já duram mais de três meses

Carrie Lam: chefe do governo de Hong Kong se reunirá oficialmente com manifestantes na quinta-feira, 26 (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Carrie Lam: chefe do governo de Hong Kong se reunirá oficialmente com manifestantes na quinta-feira, 26 (Kai Pfaffenbach/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de setembro de 2019 às 08h53.

Última atualização em 25 de setembro de 2019 às 09h22.

A chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, se reunirá oficialmente com manifestantes na quinta-feira, 26, com o objetivo de amenizar os violentos protestos na região, que já duram mais de três meses.

O encontro ocorrerá em um estádio esportivo no bairro de Wan Chai, e os 150 opositores presentes serão aleatoriamente escolhidos entre mais de 20 mil pessoas que se candidataram. Lam disse que não haverá pauta oficial para o encontro e que a sessão será considerada um sucesso se houver "diálogo pacífico" com troca de ideias sincera.

"Para mim, isto é um passo à frente. Será uma longa jornada até atingirmos a reconciliação da sociedade e o retorno de Hong Kong ao normal", disse a líder do governo em entrevista coletiva. A administração busca reduzir as tensões locais a apenas algumas semanas das celebrações de 70 anos de governo do Partido Comunista na China, em 1º de outubro.

Popularidade

Uma pesquisa realizada por um instituto de Hong Kong revelou que a taxa de aprovação de Carrie Lam permanece próxima de um recorde negativo, mesmo após ela ter arquivado um controverso projeto de lei de extradição.

O instituto de Pesquisa de Opinião Pública de Hong Kong divulgou os resultados de sua última pesquisa na terça-feira (24). Ela foi realizada por telefone de segunda até quinta-feira da semana passada com mais de mil pessoas.

A aprovação de Lam ficou em 24,9 por cento, e está entre as mais baixas desde que assumiu o cargo em 2017.

Sua taxa de aprovação permanece abaixo de 30% desde o mês passado.

O projeto de lei de extradição, que teria permitido que acusados de crimes fossem enviados à China continental para julgamento causou enormes protestos no mês de junho em Hong Kong. As manifestações têm dado poucos sinais de que vão cessar apesar de Lam ter anunciado em 4 de setembro que o projeto havia sido arquivado definitivamente.

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