Mundo

Líder de guerrilha chechena reivindica atentado em aeroporto de Moscou

Guerrilha islâmica chechena Emirado do Cáucas reivindicou o atentado terrorista de 24 de janeiro em Moscou, na Rússia

Ataque terrorista aconteceu no Aeroporto internacional de Domodevovo, em Moscou (Wikimedia Commons)

Ataque terrorista aconteceu no Aeroporto internacional de Domodevovo, em Moscou (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 07h13.

Moscou - Doku Umarov, tido como líder da guerrilha islâmica chechena Emirado do Cáucaso, reivindicou o atentado terrorista de 24 de janeiro contra o aeroporto de Domodedovo, em Moscou, que deixou 36 mortos e outras 200 pessoas feridas.

Em um vídeo divulgado na noite de segunda-feira pela internet, Umarov assegurou que o terrorista suicida que detonou a bomba no terminal de Domodedovo atuou sob suas ordens e ameaçou a Rússia com novos ataques.

Uma fonte dos serviços secretos russos disse à agência "Interfax" nesta terça-feira que a declaração de Umarov era "esperada", pois "necessita permanentemente ser lembrado pela imprensa".

"Estamos aprofundando em todas as linhas de investigação e sem falta acharemos o organizador do atentado terrorista", acrescentou.

Outro porta-voz dos serviços de segurança disse à agência oficial "Itar-Tass" que "declarações de delinquentes e terroristas não se comentam".

Poucos dias depois do atentado, o Comitê de Instrução da Rússia declarou que o terrorista suicida foi identificado e que se tratava de um homem de 20 anos oriundo de uma das repúblicas russas do norte do Cáucaso, mas que seu nome seria mantido em segredo para não atrapalhar as investigações.

Posteriormente, a imprensa russa revelou que o terrorista era um antigo estudante de contabilidade procedente da república da Inguchétia, vizinha da Chechênia, chamado Magomed Yevlóev, informação não confirmada pelas fontes oficiais.

Os avanços na investigação levaram algumas autoridades a declarar que o atentado havia sido esclarecido, o que originou na semana passada uma forte reprimenda do presidente russo, Dmitri Medvedev, voltada às forças de segurança.

"Este crime ainda não foi resolvido, embora haja avanços. É preciso trabalhar e não fazer publicidade", afirmou Medvedev ao se reunir com Aleksandr Bórtnikov, chefe do Serviço Federal de Segurança (FSB, antiga KGB).

O ataque terrorista no aeroporto de Domodedovo foi o mais grave ocorrido na Rússia desde março de 2010, quando um duplo atentado suicida cometido por dois jovens do Cáucaso em estações do metrô de Moscou causou a morte de 40 pessoas e deixou mais de 100 feridos

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaPolíticaRússiaTerrorismo

Mais de Mundo

Milei conversa com Trump pela 1ª vez após eleição nos EUA

Juiz de Nova York adia em 1 semana decisão sobre anulação da condenação de Trump

Parlamento russo aprova lei que proíbe 'propaganda' de estilo de vida sem filhos

Inflação na Argentina sobe 2,7% em outubro; menor valor desde 2021