Juan Manuel Santos: "Primeiro é preciso destacar sua audácia, decisão e valentia por ter iniciado este processo" (REUTERS/Jose Miguel Gomez)
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2016 às 08h44.
O máximo líder das Farc, Timoleón Jiménez, admitiu nesta quarta-feira que o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, se envolveu de fato no processo de paz com os rebeldes, mostrando audácia, decisão e valentia.
"Primeiro é preciso destacar sua audácia, decisão e valentia por ter iniciado este processo", disse Jiménez (Timochenko) em entrevista à TV cubana.
Apesar dos "altos e baixos" do processo iniciado em novembro de 2012, Santos "se envolveu e lhe coube lidar com algo muito complexo".
O chefe das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) opinou que "agora (Santos) vai atuar com mais decisão porque tem o apoio dos Estados Unidos, e isto é chave".
No dia 21 de março passado, durante a visita do presidente americano, Barack Obama, a Cuba, o secretário de Estado, John Kerry, conversou com os negociadores das Farc e do governo em Havana.
Timochenko expressou sua satisfação porque "o senhor Kerry manifestou a disposição de seu governo para ajudar no que for possível para o progresso do processo de paz".
As Farc e o governo já obtiveram acordos sobre o tema agrário (origem do conflito), cultivos ilegais, reparação das vítimas e participação política da guerrilha após a deposição das armas.
Além do cessar-fogo bilateral, está pendente a definição de um mecanismo de ratificação dos acordos, uma questão sobre a qual as partes ainda divergem, o que não permitiu alcançar um acordo final no dia 23 passado, como estava previsto.