A deputada venezuelana María Corina Machado é apontada como a favorita para disputar eleições contra Maduro (Juan Barreto/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 11 de julho de 2024 às 09h25.
Última atualização em 11 de julho de 2024 às 09h28.
A líder opositora ao atual governo da Venezuela e impedida de participar das eleições presidenciais do próximo dia 28, María Corina Machado, disse à Agência EFE nesta quarta-feira que espera que o presidente do país, Nicolás Maduro, que tenta a reeleição, concorde em negociar uma transição ordenada porque, segundo ela, o ex-embaixador Edmundo González Urrutia, principal candidato da oposição, vai vencer o pleito.
"Estamos passando por um delicado processo de transição e, para o próprio bem de Nicolás Maduro e do restante de sua estrutura, espero que ele aceite um processo de negociação que nos permita uma transição ordenada e sustentável", disse a ex-deputada durante um evento político do qual participou, juntamente com González Urrutia.
Para ela, Maduro, que está no poder desde 2013, perdeu "a confiança e o apoio do povo" e optou por semear "medo", uma estratégia que, segundo a opositora, "não funciona".
A oposição reagiu aos discursos do presidente venezuelano nas últimas semanas, nos quais, diante de milhares de apoiadores em seus comícios, usou expressões como "velho decrépito" para se referir a "um candidato" do campo opositor, cujo nome ele não mencionou, como costuma fazer.
Além disso, ela classificou como uma "invenção" as acusações do Ministério Público e do governo sobre supostos planos da oposição, juntamente com um grupo colombiano ilegal, para agir contra o presidente ou desestabilizar o país.
"Perdi a conta de quantas conspirações existem. Toda semana começa uma nova e, evidentemente, eles fabricam narrativas, fabricam provas, perseguem pessoas inocentes e, no final, tudo se desfaz", disse Machado.
A ex-deputada, que acompanha González Urrutia em seus comícios de campanha, foi eleita em um processo de primárias como candidata presidencial pela Plataforma Democrática Unida (PUD), a principal coalizão de oposição ao governo Maduro, mas não pôde se registrar na corrida eleitoral devido a uma sanção da Controladoria, e por isso apoia o ex-embaixador, que concorre em seu luga