Mundo

Leopoldo López é condenado a 13 anos e 9 meses de prisão

López cumprirá pena na prisão militar de Ramo Verde, próxima a Caracas, onde é mantido sob custódia desde que se entregou à Justiça em 18 de fevereiro de 2014


	Leopoldo López: o opositor venezuelano cumprirá pena na prisão militar de Ramo Verde, próxima a Caracas, onde é mantido sob custódia desde que se entregou à Justiça em 18 de fevereiro de 2014
 (Juan Barreto/AFP)

Leopoldo López: o opositor venezuelano cumprirá pena na prisão militar de Ramo Verde, próxima a Caracas, onde é mantido sob custódia desde que se entregou à Justiça em 18 de fevereiro de 2014 (Juan Barreto/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2015 às 07h02.

Caracas - O político opositor venezuelano Leopoldo López foi condenado nesta quinta-feira a 13 anos e nove meses de prisão em decisão de um tribunal de primeira instância, informaram fontes de seu partido, o Vontade Popular (VP), e seu advogado, Roberto Marrero.

"Terminou a audiência e a juíza Barreiros sentenciou Leopoldo a 13 anos, nove meses e sete dias na prisão de Ramo Verde", disse Marrero em seu perfil do Twitter.

Assim, López pegou a pena máxima para os crimes dos quais era acusado: incitação à violência, formação de quadrilha, danos à propriedade e incêndio, todos relacionados com os atos violentos ocorridos no final de uma manifestação antigovernamental convocada por ele e outros políticos no dia 12 de fevereiro de 2014, que terminou com três mortes.

López cumprirá pena na prisão militar de Ramo Verde, próxima da capital Caracas, onde é mantido sob custódia desde que se entregou à Justiça em 18 de fevereiro de 2014.

Além de López, os jovens Christian Holdack, Demian Martín e Ángel González, réus no mesmo processo, foram sentenciados a dez anos, que cumprirão em liberdade condicional.

"Eu sabia que seria condenado, porque isto é uma ordem. Ao menos não saio algemado" disse Holdack ao deixar a sala do Palácio de Justiça, onde aconteceu a audiência.

Vários nomes importantes da oposição venezuelana reagiram à decisão da Justiça. Luis Florido, dirigente nacional do VP, pediu "muita força" para todos os seguidores de López após esta "sentença injusta, ilegal e inconstitucional".

Já Henrique Capriles, candidato derrotado duas vezes nas eleições presidenciais e governador do estado de Miranda, escreveu no Twitter que "a Justiça venezuelana está podre.

Hoje, entendemos que o caminho para a liberdade de Leopoldo, e de todos os outros, começa no dia 6 de dezembro", em referência às eleições parlamentares.

A ex-deputada María Corina Machado, líder do movimento Vente Venezuela, também não poupou críticas à decisão da Justiça ao assinalar nessa mesma rede social que "este regime criminoso condenou um homem inocente sem uma única prova".

Acompanhe tudo sobre:América Latinagestao-de-negociosLiderançaPolíticaVenezuela

Mais de Mundo

'É engraçado que Biden não perdoou a si mesmo', diz Trump

Mais de 300 migrantes são detidos em 1º dia de operações sob mandato de Trump

Migrantes optam por pedir refúgio ao México após medidas drásticas de Trump

Guerra ou acordo comercial? Gestos de Trump indicam espaço para negociar com China, diz especialista