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Líder da Irmandade Muçulmana é condenado à prisão perpétua

Mohamed Badia foi condenado por tribunal egípcio à prisão perpétua, por vinculação a atos de violência


	Mohamed Badia: 14 dirigentes e simpatizantes foram condenados à mesma pena
 (Gianluigi Guercia)

Mohamed Badia: 14 dirigentes e simpatizantes foram condenados à mesma pena (Gianluigi Guercia)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2014 às 13h36.

Cairo - Um tribunal do Egito anunciou uma nova sentença de prisão perpétua contra o líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badia, e mais 14 dirigentes e simpatizantes islamitas, informou a agência estatal de notícias "Mena".

A Corte Penal do distrito de Gizé condenou essas pessoas por sua vinculação com os atos de violência registrados em julho de 2013 na zona de Bahr Al-Azam, na capital egípcia. Entre os condenados estão os dirigentes Mohamed El-Beltagy, Essam El-Erian e Bassem Ouda, assim como o predicador islamita Safwat Higazi, o responsável do grupo Al-Gama"a al-Islamiyya e outros nove processados.

A Justiça tinha acusado os islamitas de realizar atos violentos, de terrorismo e assassinato; formar uma organização armada para agredir cidadãos e oferecer resistência às autoridades, entre outros crimes.

Segundo a decisão, os condenados se reuniram no acampamento da Rabaa al Adawiya (na qual os islamitas pediram a restituição do deposto presidente Mohamed Mursi desde julho de 2013 até seu desmantelamento em 14 de agosto desse ano) para organizar manifestações nas ruas de Guizé e aterrorizar cidadãos.

Em 15 de julho de 2013, islamitas protestaram na zona de Bahr Al-Azam (em Guizé), agrediram cidadãos e atacaram propriedades com armas, causando a morte de cinco civis e ferimentos a outros 100, acrescentou a agência.

Mohamed Badia, Mohamed El-Beltagy, Essam El-Erian, Safwat Higazi e Bassem Ouda já foram condenados em 30 de agosto à prisão perpétua por empregar a violência, assassinar civis e incitar o terrorismo e o vandalismo perto da mesquita de Al Istiqama, após o golpe de Estado que derrubou Mursi em 3 de julho de 2013.

O guia supremo da Irmandade já tinha sido condenado à morte em 21 de junho por um tribunal da província de Minia (sul), junto a 182 islamitas, uma decisão que foi recorrida pela Promotoria.

Desde a derrocada de Mursi, as autoridades perseguiram membros e líderes da Irmandade Muçulmana, aos que qualificaram legalmente de grupo terrorista.

Os islamitas, por sua vez, se negam a reconhecer o processo político atual e insistem na restituição como presidente de Mursi. 

*Atualizada às 13h36 do dia 15/09/2014

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