Mundo

Líder da Farc diz que governo colombiano retarda a paz

Governo e grupo armado realizam negociações de paz desde 2012, em Havana, sobre desenvolvimento rural, participação política da insurgência e drogas ilícitas


	Timoleón Jiménez: líder da Farc reclama que governo colombiano "diz não a tudo"
 (AFP)

Timoleón Jiménez: líder da Farc reclama que governo colombiano "diz não a tudo" (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 16h29.

O líder máximo das Farc, Timoleón Jiménez, declarou que as negociações de paz em Cuba não avançam tão rápido quanto a guerrilha gostaria devido às sistemáticas negativas do governo colombiano a suas propostas, segundo entrevista difundida nesta sexta-feira.

"É difícil avançar quando uma das partes diz não a tudo. Preocupados com os não do governo a tudo que propõem, as Farc, mais que vontade, têm a disposição de fazer tudo pela paz com justiça", afirmou "Timochenko" à rádio colombiana La FM.

Jiménez assinalou que esse compromisso foi reafirmado há pouco em uma consulta interna com a grande maioria dos comandantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O governo do presidente Juan Manuel Santos e o grupo armado "realizam negociações de paz desde novembro de 2012 em Havana, sobre cinco pontos: desenvolvimento rural (no qual não há acordo), participação política da insurgência (atualmente em discussão), drogas ilícitas, abandono das armas e reparação às vítimas.

Na entrevista, "Timochenko" expressou seu desejo de que ainda este ano se possa chegar a um acordo final ou pelo menos ter avanços significativos.

A declaração crítica do líder guerrilheiro acontece um dia depois que Santosa afirmou que o processo de discussões atual avançou muito mais que as tentativas anteriores.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArmasColômbiaDrogasFarc

Mais de Mundo

França estreia novo governo com giro à direita

Trump diz que é 'muito tarde' para outro debate com Harris nos EUA

Sri Lanka vota em primeiras presidenciais desde o colapso econômico

Milei viaja aos EUA para participar na Assembleia Geral da ONU pela 1ª vez