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Líbia estava pronta para financiar campanha de Sarkozy em 2007

Muamar Kadhafi teria aceitado em 2006 financiar em cerca de "50 milhões de euros" a campanha presidencial

Sarkozy considerou "grotesco" um eventual financiamento de sua campanha por Kadhafi (Stephane Mahe/Reuters)

Sarkozy considerou "grotesco" um eventual financiamento de sua campanha por Kadhafi (Stephane Mahe/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2012 às 11h11.

O site francês de notícias Mediapart publicou neste sábado um documento assinado por uma antiga autoridade líbia em que esta indica que o regime de Muamar Kadhafi havia aceitado em 2006 financiar em cerca de "50 milhões de euros" a campanha presidencial de Nicolas Sarkozy em 2007.

Neste documento redigido em árabe, Mussa Kussa, ex-chefe de inteligência externa da Líbia, indica um "acordo de princípio" para "apoiar a campanha eleitoral do candidato às eleições presidenciais, Nicolas Sarkozy, pela quantia de cinquenta milhões de euros". No dia 12 de março, Sarkozy considerou "grotesco" um eventual financiamento de sua campanha presidencial de 2007 por Muamar Kadhafi.

Nesta nota, traduzida do árabe pela Mediapart, Kussa confirma um "acordo de princípio" relativo a "instruções transmitidas pelo gabinete de representação do comitê popular general relativas à aprovação do apoio à campanha eleitoral do candidato às eleições presidenciais, Nicolas Sarkozy, com uma quantia de cinquenta milhões de euros".

Kussa foi ministro das Relações Exteriores de Muamar Kadhafi, antes de desertar e ir para a Europa.

Ele acrescenta que esse acordo ocorreu depois do "da reunião realizada em 6/10/2006, da qual participaram, do nosso lado, o diretor dos serviços de informação líbios (Abdullah Senussi) e o presidente do Fundo Líbio de Investimentos Africanos (Bashir Saleh), e, do lado francês, o senhor Brice Hortefeux e o senhor Ziad Takieddine".

Amigo próximo de Nicolas Sarkozy, Hortefeux foi ministro de 2007 a 2011, tendo ocupado principalmente a pasta do Interior.

O advogado do empresário franco-libanês Ziad Takieddine, citado pela Mediapart, afirmou que seu cliente "não estava presente na reunião indicada no documento", mas que "acredita que esse documento seja confiável, tendo em vista a data e as pessoas citadas".

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