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Líbia diz ter impedido chegada de navio a porto ocupado

Marinha disparou tiros de advertência na ação


	Petróleo na Líbia: qualquer tentativa dos manifestantes de enviar por conta própria petróleo para o mercado internacional seria um agravamento do bloqueio
 (John Moore/Getty Images)

Petróleo na Líbia: qualquer tentativa dos manifestantes de enviar por conta própria petróleo para o mercado internacional seria um agravamento do bloqueio (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 14h04.

Trípoli - A Marinha da Líbia impediu um navio petroleiro de embarcar ilegalmente um carregamento de petróleo num porto ocupado há meses por manifestantes armados que exigem maior autonomia regional, disseram autoridades nesta segunda-feira.

Um autoridade da Corporação Nacional de Petróleo da Líbia, que pediu anonimato, disse à Reuters que a Marinha disparou tiros de advertência na ação.

Qualquer tentativa dos manifestantes de enviar por conta própria petróleo para o mercado internacional seria um agravamento do bloqueio, que tem afetado as vitais exportações líbia do produto.

"A Marinha líbia... lidou neste domingo com um navio de bandeira de Malta que tentou entrar no porto em cooperação com um grupo ilegal para carregar e contrabandear petróleo", disse a Corporação Nacional de Petróleo em comunicado. "A Marinha impediu que o navio chegasse ao porto" no leste do país.

A corporação disse que a Líbia alertou o dono do navio que a aproximação da embarcação era ilegal. Alertou também que impediria qualquer navio que tentasse "roubar o petróleo líbio".

O navio Baku prestava serviço para uma empresa chamada Royal Asset Management, segundo as autoridades. O navio estava agora se dirigindo para Malta. Ele navegava em volta da Líbia desde o fim de dezembro.

Os líderes do protesto, sediados em Ajdabiya, no leste, não estavam disponíveis para comentar o caso de imediato.

Os manifestantes, que exigem mais autonomia regional e uma maior fatia dos dividendos do petróleo, tomaram o controle de três portos há seis meses e têm ameaçado vender o produto de forma independente.


No entanto, segundo analistas, será difícil para o grupo encontrar compradores que aceitem correr o risco de adquirir o petróleo sem a autorização do governo central.

Dois anos depois da queda de Muammar Gaddafi, o impasse do petróleo no leste do país é apenas um dos problemas que o enfraquecido governo da Líbia enfrenta. Os governantes têm dificuldades para conter milícias rivais e os antigos rebeldes.

Muitos dos antigos rebeldes se recusam a entregar as armas e recorrem à força para ter suas exigências atendidas.

Durante o fim de semana, a Líbia reiniciou a produção de petróleo em El Sharara, depois que um outro grupo de manifestantes terminou com uma ocupação de dois meses no local.

A retomada dos trabalhos no local pode aumentar a produção da Líbia para 600 mil barris por dia. A produção do país caiu de 1,4 milhão de barris por dia para 250 mil em julho.

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