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Líbia diz que chanceler deixou o país por problemas de saúde

Porta-voz de Kadafi disse que Moussa Koussa tinha autorização para ir apenas até a Tunísia, mas acabou fugindo para o Reino Unido

Segundo o porta-voz, Kadafi "segue rodeado de muito mais gente" (Mahmud Turkia/AFP)

Segundo o porta-voz, Kadafi "segue rodeado de muito mais gente" (Mahmud Turkia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2011 às 13h29.

Cairo - O ministro das Relações Exteriores da Líbia, Moussa Koussa, recebeu permissão para sair do país por razões médicas, mas, desde que foi para a Tunísia, as autoridades não tiveram comunicação com ele, que acabou fugindo depois para o Reino Unido, disse nesta quinta-feira um porta-voz do Governo líbio.

"Ele recebeu permissão por motivo de doença e, quando chegou à Tunísia, perdemos contato com ele. Entendemos que ele tenha renunciado a seu posto, mas se trata de uma decisão pessoal", afirmou o porta-voz Moussa Ibrahim em entrevista coletiva realizada em Trípoli.

Koussa anunciou nesta quarta-feira em Londres que não queria mais fazer parte do Governo líbio, segundo o Foreign Office (Chancelaria britânica). O ministro chegou em um avião procedente da Tunísia ao território britânico.

Na entrevista coletiva que ofereceu em Trípoli, retransmitida por emissoras árabes de televisão, o porta-voz disse que Koussa tinha comunicado que "estava exausto, que tinha diabetes e alta pressão, e lhe deram permissão para sair do país" para ser atendido na Tunísia.

"Não fomos notificados por ele sobre sua renúncia, mas entendemos que é pessoal, e não temos comentários", ressaltou o porta-voz.

A fonte oficial insistiu nos "graves problemas de saúde" que tinha Koussa e expressou esperança de que ele se recupere em breve "física e mentalmente".

"Lhe desejamos o bem. Quando decidir retornar, será mais que bem-vindo", acrescentou o porta-voz.

Ele afirmou ainda que "a luta pela liberdade" na Líbia "não depende de uma só pessoa" e insistiu que, apesar do longo tempo que Koussa estava no Governo de Muammar Kadafi, o líder "segue rodeado de muito mais gente".

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