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Líbia critica pedido da Liga Árabe de zona de exclusão aérea

Ditador diz que a Líbia daria boas-vindas a uma delegação da União Africana numa investigação dos conflitos no país

Para Kadafi, pedido da Liga Árabe baseia-se em alegações falsas (Pascal Le Segretain/Getty Images)

Para Kadafi, pedido da Liga Árabe baseia-se em alegações falsas (Pascal Le Segretain/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2011 às 16h03.

Cairo - O Governo líbio afirmou neste domingo em comunicado divulgado pela televisão que a decisão da Liga Árabe de pedir uma zona de exclusão aérea sobre o país está baseada em "alegações falsas e em uma distorção clara da realidade e do que ocorre no terreno".

"Pedimos várias vezes o envio de comitês de investigação e teria sido melhor se o conselho da Liga tivesse enviado um comitê de investigação primeiro, em vez de emitir uma resolução baseada em mentiras", afirma o comunicado divulgado pelo Comitê Popular Geral para a Comunicação Estrangeira e a Cooperação Internacional.

Para o Governo da Líbia, tal decisão não faz parte das competências outorgadas na carta de fundação da organização.

A Líbia, que permanece suspensa como membro desde 22 de fevereiro, disse através da televisão que dá as boas-vindas a uma delegação da União Africana.

Em relação ao assassinato do cinegrafista do canal "Al Jazeera", Ali Hassan al Jaber, morto por desconhecidos no sábado perto de Benghazi, uma comentarista da televisão estatal líbia afirmou que "não é costume de Kadafi" este tipo de atitude.

A mesma comentarista acrescentou que o Governo líbio inclusive mobilizou veículos com motorista para os correspondentes estrangeiros.

Os jornalistas estrangeiros denunciaram reiteradamente restrições ao trabalho, incluindo detenções e, no caso de uma equipe da "BBC", torturas e ameaças de execução.

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