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Líbia cria comissão para investigar ataque a Consulado

A comissão independente será integrada por um juiz e vários especialistas dos ministérios do Interior e da Justiça, segundo o governo líbio


	Incêndio no complexo do consulado americano em Benghazi: quatro cidadãos americanos foram mortos no ataque
 (AFP)

Incêndio no complexo do consulado americano em Benghazi: quatro cidadãos americanos foram mortos no ataque (AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 09h38.

Brasília – Autoridades da Líbia anunciaram a criação de uma comissão independente para apurar o ataque ao Consulado dos Estados Unidos, há dois dias, que matou o embaixador norte-americano Christopher Stevens e mais três funcionários da representação. Em decorrência das mortes, o governo norte-americano enviou fuzileiros navais ao país e reforçou a segurança nas embaixadas e nos consulados no exterior.

O porta-voz da Alta Comissão de Segurança do Ministério do Interior, Abdelmonem Al Horr, anunciou a criação da comissão que será integrada por um juiz e vários especialistas dos ministérios do Interior e da Justiça. Segundo Al Horr, a investigação é “muito complicada”. "Houve tiros provenientes de uma quinta nas proximidades. Precisamos de tempo para determinar as responsabilidades”, disse.

Ontem (12) as autoridades líbias pediram desculpas aos norte-americanos, atribuindo a simpatizantes do ex-presidente Muammar Kadhafi e integrantes da rede Al Qaeda as responsabilidades pelo ataque. Homens armados e encapuzados atearam fogo ao consulado dos Estados Unidos, em Benghazi, em protesto ao filme, produzido por norte-americanos, sobre Maomé.

As primeiras informações são que Stevens morreu asfixiado durante o incêndio. O prédio da representação diplomática ficou destruído. O ataque foi uma reação que faz parte de uma onda de indignação que surgiu em alguns países muçulmanos após a circulação, pela internet, de trechos do filme.

Informações preliminares indicam que o vídeo foi produzido por um californiano de 52 anos, chamado Sam Bacile, e promovido por um expatriado egípcio copta, uma etnia da região que prega o cristianismo. Os dois são descritos como indivíduos com posturas críticas ao Islã. Um trailer do filme de baixo orçamento foi postado no YouTube, traduzido para o árabe. Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

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