Mundo

Libertados presidente e primeiro-ministro de Guiné-Bissau

O anúncio da libertação de Pereira e Gomes despertou manifestações de alegria por parte dos seguidores e simpatizantes do ex-governante

O ex-primeiro-ministro de Guiné-Bissau Carlos Gomes Júnior foi posto em liberdade após a viagem a Bissau de uma delegação militar  (Issouf Sanogo/AFP)

O ex-primeiro-ministro de Guiné-Bissau Carlos Gomes Júnior foi posto em liberdade após a viagem a Bissau de uma delegação militar (Issouf Sanogo/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2012 às 19h56.

Bissau - O presidente interino de Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior foram libertados nesta sexta-feira, segundo anunciou aos meios de comunicação o porta-voz da junta militar no poder, o coronel Daba Na Walna.

Pereira e Gomes, detidos após o golpe de estado do dia 12 de abril, foram postos em liberdade após a viagem a Bissau de uma delegação militar da Comunidade Econômica dos Estados de África Ocidental (Cedeao).

A missão da Cedeao, integrada pelos chefes de Estado-Maior das Forças Armadas de Nigéria, Costa do Marfim e Senegal, mantiveram uma reunião com o alto comando militar guineano liderado pelo tenente-general Antonio Enjae.

Após sua libertação, pouco antes das 18h (15h de Brasília), Pereira e Gomes deixaram Bissau com destino a Abidjan, no mesmo voo que a delegação militar da Cedeao.

Daba Na Walna anunciou também a formação de um governo de transição de um ano, passo prévio para a convocação de eleições presidenciais e legislativas.

O anúncio da libertação de Pereira e Gomes despertou manifestações de alegria por parte dos seguidores e simpatizantes do ex-governante do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Em vários bairros periféricos de Bissau, grupos de jovens saíram às ruas após receber a notícia da libertação de ambos dirigentes.

Os líderes da Cedeao, reunidos na quinta-feira em uma cúpula extraordinária em Abidjan tinham dado um ultimato de 72 horas à junta para restabelecer a legalidade constitucional na Guiné-Bissau.

A cúpula decidiu também o desdobramento de uma força de 600 soldados em Guiné-Bissau para garantir a segurança das instituições e dos responsáveis pela transição.

O golpe de estado aconteceu no último dia 12 enquanto o país - um dos mais pobres do mundo - estava em pleno processo para realizar o segundo turno de suas eleições presidenciais, fixadas para o próximo dia 29 de abril. 

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaCrises em empresasPolítica

Mais de Mundo

Reino Unido pede a seus cidadãos que deixem o Líbano em voos comerciais

Qual o risco de guerra entre Líbano e Israel após as explosões de pagers?

Guarda Revolucionária do Irã promete 'resposta esmagadora' por ataques no Líbano

Biden receberá Zelensky na Casa Branca para falar sobre guerra com a Rússia