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Libertado homem que passou 20 anos na prisão por crime que não cometeu

O caso foi resolvido com o exame de DNA recolhido do corpo da vítima em 1992, mas que não foi analisado até 2004, quando se comprovou que pertencia a outra pessoa

Durante os quase 20 anos transcorridos, Rivera foi considerado culpado três vezes - em 1993, 1998 e 2009 - e em cada oportunidade a condenação à prisão perpétua foi cancelada durante a apelação (Paul Buck/AFP)

Durante os quase 20 anos transcorridos, Rivera foi considerado culpado três vezes - em 1993, 1998 e 2009 - e em cada oportunidade a condenação à prisão perpétua foi cancelada durante a apelação (Paul Buck/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 22h06.

Chicago - O hispânico Juan Rivera foi libertado nesta sexta-feira após passar quase 20 anos na prisão por um assassinato que não cometeu, depois que o promotor de Lake County, nos Estados Unidos, Michael Waller, decidiu não pedir a revisão da sentença da Corte de Apelações de Illinois.

No último dia 9 de dezembro, a Corte de Apelações anulou a condenação que pesava sobre Rivera alegando que a mesma era 'injustificada e insustentável' devido à falta de provas que o vinculassem ao estupro e assassinato de Holly Spear, de 11 anos, ocorridos em 1992.

'Depois de revisar a decisão da corte, assim como os pontos fortes e fracos de todo o processo, decidi que não pedirei ao Supremo de Illinois a revisão da decisão da Corte de Apelações que anulou a condenação do senhor Rivera', disse Waller.

O caso foi resolvido com o exame de DNA recolhido do corpo da vítima em 1992, mas que não foi analisado até 2004, quando se comprovou que pertencia a outra pessoa.

Além disso, no momento do crime, Rivera estava sob vigilância eletrônica por outro delito não relacionado e, segundo essa monitoração, o hispânico nunca abandonou sua casa na noite em que ocorreram os crimes.

Durante os quase 20 anos transcorridos, Rivera foi considerado culpado três vezes - em 1993, 1998 e 2009 - e em cada oportunidade a condenação à prisão perpétua foi cancelada durante a apelação.

A única evidência forte que vinculava o hispânico ao crime era sua confissão à Polícia da cidade de Waukegan, que segundo os juízes de apelação teria sido obtida mediante coerção. 

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