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Libéria teme que ebola se espalhe em favela

Moradores armados atacaram um centro de quarentena e pacientes com suspeita de estarem infectados fugiram


	Liberia: pacientes com ebola fugiram de quarentena, levando materiais contaminados
 (Ahmed Jallanzo/Agência Lusa/Agência Brasil)

Liberia: pacientes com ebola fugiram de quarentena, levando materiais contaminados (Ahmed Jallanzo/Agência Lusa/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2014 às 13h59.

Monróvia - Oficiais da Libéria temem que o ebola possa se espalhar em breve pela maior favela da capital depois que moradores invadiram um centro de quarentena para pacientes com suspeita de estarem infectados. Itens como lençóis manchados de sangue e colchões foram levados.

Segundo o ministro assistente da Saúde, Tolbert Nyenswah, a violência na favela West Point ocorreu no final de sábado e foi liderada por moradores insatisfeitos com a chegada de pacientes que foram trazidos de outras partes da capital para o centro. Não foi informado quantos pacientes estavam na quarentena.

Alguns dos itens saqueados estavam visivelmente manchados com sangue, vômito e excremento, disse Richard Kieh, um morador da região. O incidente levanta temores de novas infecções na Libéria, que já estava lutando para conter o surto.

A polícia da Libéria restaurou a ordem na vizinhança de West Point, favela onde vivem pelo menos 50 mil pessoas. A desconfiança sobre o governo é alta na região, onde com frequência circulam rumores de que oficiais planejam esvaziar a favela completamente.

Embora tenha havido conversas sobre colocar West Point sobre quarentena no caso de um surto de ebola na região, Nyenswah disse que nenhum passo nessa direção havia sido tomado.

O ebola já matou 1,145 mil pessoas na África Ocidental, incluindo 413 na Libéria, segundo a Organização Mundial da Saúde. Fonte: Associated Press.

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