Partido do primeiro-ministro holandês precisaria compor uma coalizão para governar (Rijksvoorlichtingsdienst via Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2012 às 19h37.
Haia - Os liberais de direita (VVD), partido do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, venceram nesta quarta-feira as eleições legislativas na Holanda com 41 cadeiras, seguidos muito de perto pelos trabalhistas que conquistaram 40 assentos, segundo a primeira pesquisa boca-de-urna.
Assim, o VVD seria a força principal do Parlamento holandês, formada por 150 deputados, embora precisasse compor uma coalizão para governar, segundo os números da enquete elaborada pela empresa Synovate para a televisão pública e divulgada no fechamento das urnas.
Tanto liberais como trabalhistas obteriam, segundo a pesquisa, aumentos significativos (10 cadeiras em relação ao pleito de 2010), enquanto os grandes derrotados seriam as legendas dos extremos.
Por um lado, o antimuçulmano Partido Para a Liberdade (PVV), do polêmico Geert Wilders, perde 11 cadeiras e ganha somente 13, segundo a pesquisa.
De outro, os socialistas radicais, grandes protagonistas da campanha e a quem as pesquisas atribuíam um avanço de pelo menos cinco cadeiras, ficariam com os mesmos 15 assentos que tiveram em 2010.
O avanço dos dois grandes partidos, que repetem o concorrido páreo de 2010, também provoca uma perda de peso da formação da democracia cristã (CDA), que alcançou 13 cadeiras, oito a menos que há dois anos.
Se confirmada a distribuição no Parlamento, os liberais e trabalhistas estariam dispostos a formar uma coalizão sem necessidade de outros partidos, se conseguirem resolver suas divergências.