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Liberação de máscaras gerou confusão nos EUA, admite Fauci

Americanos totalmente imunizados estão dispensados de usar máscara na maioria dos lugares. O país vacinou completamente quase 50% dos adultos

Anthony Fauci: CDC autorizou que vacinados não usem máscara (Pool/Getty Images)

Anthony Fauci: CDC autorizou que vacinados não usem máscara (Pool/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 20 de maio de 2021 às 14h39.

Última atualização em 20 de maio de 2021 às 14h41.

A decisão de autoridades de saúde dos Estados Unidos de flexibilizar as regras sobre o uso de máscara para pessoas totalmente vacinadas gerou “confusão compreensível” que deve ser esclarecida, disse Anthony Fauci, principal especialista em doenças infecciosas do governo.

Americanos totalmente imunizados estão dispensados de usar máscara na maioria dos lugares, incluindo em ambientes fechados e em grandes grupos, segundo anúncio dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças em 13 de maio.

O diabo mora nos detalhes: mesmo pessoas totalmente vacinadas devem usar máscara em meios de transporte público, centros de saúde e penitenciárias, e quando exigido por governos estaduais e locais ou empresas. E os não vacinados ainda devem usar máscara em locais públicos como antes.

“O problema é que as pessoas interpretaram isso como um sinal de que você não precisa mais de máscaras, o que absolutamente não é o caso”, disse Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas.

Enquanto empresas e clientes debatem se e como seguir as novas diretrizes, a confusão reside em saber quem foi vacinado e quem não foi, disse Fauci, também conselheiro médico-chefe do presidente dos EUA, Joe Biden, em entrevista durante a cúpula virtual “The Bloomberg Businessweek”. Isso dificultou determinar como responder, disse em entrevista à Bloomberg Television.

“É algo que precisa ser esclarecido, com certeza”, afirmou.

Doses de reforço

Embora o governo federal não exija comprovação de vacinação, universidades independentes, navios de cruzeiro e companhias aéreas provavelmente vão estabelecer condições, disse.

O governo dos EUA relutou muito em suspender o uso obrigatório de máscara, acrescentou Fauci, enquanto esperava por dados sobre a taxa de transmissão entre pessoas com casos assintomáticos. Essas agências avaliaram evidências segundo as quais o contágio de pessoas vacinadas por portadores assintomáticos do coronavírus é extremamente improvável.

Fabricantes de vacinas como Pfizer e Moderna sugeriram que doses de reforço podem ser necessárias em breve para manter a alta eficácia. O diretor-presidente da Pfizer, Albert Bourla, disse que pode ser preciso uma dose adicional da vacina da empresa desenvolvida em parceria com a BioNTech para prolongar a proteção.

Fauci rejeitou a ideia, voltando atrás em uma declaração de que doses de reforço podem ser necessárias dentro de um ano. “Provavelmente não deveria ter dito isso”, disse.

“Não tenho certeza se vamos precisar de reforço”, afirmou. “Talvez e, se for o caso, não sei em que ponto após a vacinação poderemos precisar. Acho que ainda são águas desconhecidas.”

O governo continuará monitorando participantes dos vários ensaios clínicos de fabricantes de vacinas para identificar por quanto tempo continuam com anticorpos contra o coronavírus, afirmou.

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