Governo libanês deu um ultimato de 24 horas para que resolva esse assunto ou caso contrário ameaçaram recorrer a uma escalada da violência (AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2014 às 17h29.
Beirute, - O governo libanês rejeitou nesta quinta-feira libertar jihadistas presos em troca de soldados e policiais capturados por combatentes extremistas desde o mês de agosto, após os confrontos entre as forças libanesas na região de Arsal, na fronteira com a Síria.
"A segurança dos militares não pode ser objeto de uma troca", afirmou o ministro da Informação Ramzi Jreig, que leu um comunicado ao término da reunião de gabinete.
As famílias dos soldados e policiais sequestrados, que se manifestaram esta manhã em frente à sede do Governo, pediram ao Executivo que aceite a troca proposta pelos radicais.
Além disso, deram um ultimato de 24 horas para que resolva esse assunto ou caso contrário ameaçaram recorrer a uma escalada da violência.
Nesse sentido, asseguraram não se responsabilizarem do que possa acontecer e ameaçaram com que uma só gota de sangue de seus filhos pode fazer explodir uma guerra civil no Líbano.
Além disso, pediram que se detenha os ministros para trocá-los pelos reféns do Exército para preservar a dignidade do Estado.
O ministro da Informação revelou que o chefe de Governo, Tamam Salam, entrou em contato com países influentes para obter a libertação dos militares capturados pelos jihadistas do Estado Islâmico, a Frente al Nusra e outros grupos extremistas.
"A questão dos militares sequestrados não pode ser objeto de troca, mas sim de negociações através de canais internacionais que foram utilizados e voltarão a ser usados para obter a libertação dos capturados", acrescentou Jreig.
O Estado Islâmico (EI) matou hoje um cidadão libanês sequestrado há uma semana na mesma região, e ameaçou fazer o mesmo com os militares e policiais se os jihadistas que estão nas prisões do país não forem libertados.