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Libaneses pedem levante após protestos agitarem Beirute

Manifestantes pedem saída de governantes por suposta "negligência" em explosão

Líbano: manifestante arremessa pedras durante protesto (Hannah McKay/Reuters)

Líbano: manifestante arremessa pedras durante protesto (Hannah McKay/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de agosto de 2020 às 15h46.

Última atualização em 9 de agosto de 2020 às 16h06.

Alguns libaneses defenderam neste domingo um levante sustentado para derrubar os líderes do país em meio a uma indignação pública sobre a explosão devastadora desta semana em Beirute, ao mesmo tempo em que o principal clérigo cristão maronita do país disse que todo o gabinete deveria renunciar.

Os manifestantes pediram a saída dos governantes por causa do que eles dizem ser negligência que levou à explosão de terça-feira. A raiva transbordou em cenas violentas no centro de Beirute no sábado.

O patriarca cristão maronita, Bechara Boutros al-Rai, disse que o gabinete deveria renunciar, uma vez que não pode "mudar a forma como governa".

"A renúncia de um parlamentar ou ministro não é suficiente... todo o governo deveria renunciar, pois não é capaz de ajudar o país a se recuperar", afirmou em seu sermão de domingo.

A ministra da Informação, Manal Abdel Samad, disse que estava renunciando ao cargo no domingo, citando a explosão e o fracasso do governo em realizar reformas.

Os protestos de sábado foram os maiores desde outubro, quando milhares de pessoas foram às ruas para exigir o fim da corrupção e da má governança.

Cerca de 10.000 pessoas se reuniram na Praça dos Mártires, que foi transformada em uma zona de batalha à noite entre a polícia e os manifestantes, que tentaram romper uma barreira ao longo de uma via que leva ao Parlamento. Alguns manifestantes invadiram ministérios do governo e a Associação de Bancos Libaneses. Um policial foi morto e a Cruz Vermelha disse que mais de 170 pessoas ficaram feridas.

A explosão catastrófica de terça-feira matou 158 pessoas e feriu mais de 6.000, além de destruir partes da cidade, num momento de crise política e econômica.

O primeiro-ministro e a Presidência disseram que 2.750 toneladas de nitrato de amônio altamente explosivo, usado na fabricação de fertilizantes e bombas, foram armazenadas por seis anos sem medidas de segurança no depósito do porto.

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