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Leilão de transmissão tem forte presença de estatais

Leilão de transmissão de energia nesta quinta-feira foi marcado pela presença de subsidiárias da Eletrobras em 5 lotes vencedores


	Torre de transmissão de energia elétrica: Dez dos 13 lotes oferecidos na competição foram arrematados, sendo que 3 não tiveram interessados
 (Wikimedia Commons)

Torre de transmissão de energia elétrica: Dez dos 13 lotes oferecidos na competição foram arrematados, sendo que 3 não tiveram interessados (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2013 às 13h19.

São Paulo - O leilão de transmissão de energia nesta quinta-feira foi marcado pela presença de subsidiárias da Eletrobras em 5 lotes vencedores, sendo que também arremataram lotes a paranaense Copel, a espanhola Abengoa, a chinesa State Grid e um consórcio formado por empresas não tradicionais no setor.

Dez dos 13 lotes oferecidos na competição foram arrematados, sendo que 3 não tiveram interessados. Somados, os empreendimentos tem investimentos de cerca de 3,6 bilhões de reais, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O consórcio formado por Copel e Furnas, subsidiária da Eletrobras venceu o lote A sem oferecer um desconto em relação à Receita Anual Máxima (RAP) permitida, garantindo uma receita de 174,4 milhões de reais.

O consórcio foi o único a oferecer lance pelo lote, o maior do leilão, com 3 linhas e 3 subestações em São Paulo e Paraná. O lote A vai permitir intercâmbio de energia entre Sudeste e Sul e o pleno escoamento da energia das usinas do rio Madeira.

A espanhola Abengoa venceu o lote B, oferecendo desconto de 10,1 por cento ante a RAP permitida, garantindo receita de 52,4 milhões de reais. O lote B é formado por uma linha de transmissão em 500 kV, Maribondo II-Campinas, de 367 quilômetros, localizada em Minas Gerais e São Paulo.

O Consórcio formado pela goiana Celg GT (com 50,1 por cento) e Furnas (49,9 por cento), da Eletrobras, venceu o lote D, ofertando desconto de 0,54 por cento sobre a RAP máxima, garantindo uma receita de 3,05 milhões de reais. O lote é formado pela linha de transmissão LT Barro Alto-Itapaci, de 69 quilômetros, em Goiás.

O consórcio formado pela Braxenergy Desenvolvimento de Projetos de Energia (com 70 por cento) e LT Bandeirante (30 por cento) venceu o lote E, com desconto de 20 por cento sobre a RAP máxima, garantindo receita de 24,5 milhões de reais. O lote tem 2 linhas de transmissão e 2 subestações no Ceará.


A Copel venceu o lote F, oferecendo desconto de 5 por cento relação à RAP máxima, para ter receita de 6,7 milhões de reais. O lote é formado de linha Bateias-Curitiba Norte e por uma subestação, no Paraná.

O consórcio formado por Braxenergy Desenvolvimento de Projetos de Energia (com de 70 por cento) e LT Bandeirante (30 por cento) venceu o lote G, oferecendo desconto de 10,5 por cento relação à RAP máxima, garantindo receita de 11,9 milhões de reais. O lote G ficará no Pará, com uma linha de transmissão de 126 quilômetros, e duas subestações de energia.

O consórcio formado por Eletrosul (com 51 por cento) e CEEE-GT (49 por cento) venceu o lote I, com desconto de 30 por cento ante a RAP máxima, para receita de 16,3 milhões de reais. O lote fica no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com 3 linhas de transmissão e 2 subestações, e elevará a segurança do sistema à região, que passará a funcionar sob o critério N-2.

A Eletrosul, da Eletrobras, venceu o lote K, com desconto oferecido de 30 por cento relação à RAP máxima, para uma receita de 2,534 milhões de reais. O lote K será localizado no Mato Grosso do Sul, visando garantir o atendimento a região de Campo Grande, com uma subestação de energia Ivinhema.

A Eletronorte, também da Eletrobras, venceu o lote N, sem oferecer desconto em relação à RAP máxima, garantindo uma receita de 38,9 milhões de reais. O lote no Acre, tem duas linhas de transmissão e duas subestações, interligando as regiões central e oeste do Estado ao sistema nacional.


A chinesa State Grid venceu o lote P, oferecendo desconto de 28 por cento relação à RAP máxima, garantindo receita de 11,6 milhões de reais a ser recebida quando o projeto entrar em operação. O lote é formado por uma subestação localizada em São Paulo e Mato Grosso do Sul, a SE Marechal Rondon.

O lote J, que promoveria o atendimento à região leste de Minas Gerais, terminou sem interessados. O mesmo aconteceu com o lote H, formado de uma subestação localizada no Pará, a SE Jurupari, e o lote Q, em São Paulo é composto pela Subestação Domenico Rangoni, para atender o litoral paulista.

Os lotes C, L, M, e O, segundo a Aneel, serão licitados em outro leilão em dezembro.

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