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Lei quer autorizar homens a baterem nas esposas no Paquistão

A proposta é uma reação à legislação progressista aprovada recentemente pela província de Pendjab, que concede mais direitos e proteções às mulheres


	Mulheres: a proposta é uma reação à legislação progressista aprovada recentemente pela província de Pendjab, que concede mais direitos e proteções às mulheres
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Mulheres: a proposta é uma reação à legislação progressista aprovada recentemente pela província de Pendjab, que concede mais direitos e proteções às mulheres (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2016 às 15h32.

Uma proposta de líderes religiosos paquistaneses para que os homens sejam autorizados a bater em suas esposas despertou indignação entre internautas nesta sexta-feira.

O Conselho da Ideologia Islâmica (CII) apresentou nesta semana seu projeto de lei, que permitiria, por exemplo, que um homem possa agredir sua esposa caso ela se recuse a manter relações sexuais sem justificativa religiosa.

A proposta é uma reação à legislação progressista aprovada recentemente pela província de Pendjab, que concede mais direitos e proteções às mulheres.

"Um homem deve ser autorizado a bater em sua mulher se ela recusar suas ordens, recusar se vestir como quiser, declinar aos pedidos de relação sexual sem justificativa religiosa, e não se banhar depois de manter relações sexuais ou quando estiver menstruada", diz o projeto de lei citado pela imprensa local.

O principal jornal em língua inglesa do país, Dawn, publicou um artigo satírico, fazendo um jogo de palavras com o verbo "sacudir", que pode ser interpretado também como "bater".

O jornal publicou uma lista de coisas que podem ser "sacudidas", como uma embalagem de ketchup.

O projeto do CII, cujo papel é aconselhar os parlamentares, também foi criticado pela Comissão de Direitos Humanos, que o classificou de "ridículo" e pediu que essa comissão de islamitas seja dissolvida.

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