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Legitimidade é única garantia contra violência, diz Mursi

Presidência explicou que sua proposta está baseada na "legitimidade constitucional" e que esta "responde às demandas do povo"


	O presidente egípcio, Mohamed Mursi: político acusou a maioria das forças da oposição de boicotar as tentativas de diálogo propostas pela Presidência
 (Manan Vatsyayana/AFP)

O presidente egípcio, Mohamed Mursi: político acusou a maioria das forças da oposição de boicotar as tentativas de diálogo propostas pela Presidência (Manan Vatsyayana/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 13h48.

Cairo - O presidente do Egito, Mohamed Mursi, afirmou nesta quarta-feira que a legitimidade "é a única garantia para a estabilidade e contra violência", reiterando sua chamada à formação de um governo de união nacional capaz de organizar as eleições legislativas.

Em um comunicado divulgado no Facebook, a Presidência explicou que sua proposta está baseada na "legitimidade constitucional que os egípcios construíram juntos" e que esta "responde às demandas do povo".

Mursi fez esse pronunciamento antes do Exército emitir um comunicado elaborado após uma reunião com distintas forças políticas, religiosas e juvenis para abordar a crise, quando o ultimato que os militares lhe deram para "atender as reivindicações do povo" já havia expirado.

O líder explicou que sua iniciativa procura estabelecer um governo de coalizão nos próximos meses até a realização de eleições parlamentares e a definição de um primeiro-ministro de consenso.

Além disso, Mursi acusou a maioria das forças da oposição de boicotar as tentativas de diálogo propostas pela Presidência.

"Cometem um erro ao acreditarem que podem se impor sobre a legitimidade da força feste povo que provou o sabor da liberdade", assegurou Mursi, que fez um alerta com base na destruição da revolução de 2011, na qual o presidente Hosni Mubarak foi deposto após quase 30 anos no poder.

Para Mursi, "a falta de respeito à legitimidade constitucional ameaça a prática democrática com um desvio de seu caminho correto e a liberdade de expressão que o Egito viveu após a revolução".

Neste contexto de indefinição, centenas de milhares de pessoas aguardam o comunicado que os militares divulgarão em breve na Praça Tahrir.

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