Mundo

Legista dessangrou corpo de Khashoggi antes de esquartejá-lo, diz jornal

Versão contradiz outra veiculada na semana passada no jornal Hürriyet, segundo a qual a equipe injetou na vítima uma substância para fazer o sangue coagular

Jamal Khashoggi: equipe de agentes sauditas teriam asfixiado jornalista com uma sacola e legista preparou o desmembramento do corpo (April Brady/Project on Middle East Democracy/Flickr)

Jamal Khashoggi: equipe de agentes sauditas teriam asfixiado jornalista com uma sacola e legista preparou o desmembramento do corpo (April Brady/Project on Middle East Democracy/Flickr)

E

EFE

Publicado em 23 de novembro de 2018 às 14h54.

Istambul - O médico legista militar saudita Salah al Tubaigy utilizou seringas para extrair o sangue do corpo do jornalista Jamal Khashoggi depois que ele foi assassinado no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, informou nesta sexta-feira, 23, o jornal turco Sabah.

A publicação, que cita fontes não especificadas dos órgãos de segurança turcos, afirmou que Tubaigy trouxe em sua bagagem bisturis e seringas, uma informação que teria supostamente sido comprovada pelas imagens do escâner do aeroporto de Istambul.

Depois que a equipe de agentes sauditas asfixiou Khashoggi com uma sacola, o legista preparou o desmembramento do corpo, a fim de sumir com o mesmo, e para isso extraiu com uma seringa todo o sangue do corpo, despejando-o no sistema de esgoto do banheiro do consulado.

Essa versão contradiz outra veiculada na semana passada no jornal Hürriyet, segundo a qual a equipe injetou na vítima uma substância para fazer o sangue coagular e assim poder esquartejar o corpo com maior facilidade.

O Ministério Público da Turquia confirmou oficialmente que o corpo de Khashoggi, assassinado mediante asfixia, foi desmembrado para sumir com os vestígios do crime, mas não detalhou o procedimento, nem outras circunstâncias do homicídio.

Acompanhe tudo sobre:Arábia SauditaJornalistasTurquia

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado