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Legista colombiano diz que testemunha de caso Odebrecht morreu de infarto

Investigação foi ordenada após o filho de Pizano ter morrido, dois dias depois dele, por envenenamento com cianeto.

A Odebrecht expressou pesar pelas mortes na sexta-feira (Guadalupe Pardo/Reuters)

A Odebrecht expressou pesar pelas mortes na sexta-feira (Guadalupe Pardo/Reuters)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 17 de novembro de 2018 às 12h26.

Bogotá - Uma investigação colombiana sobre a morte de Jorge Enrique Pizano, testemunha-chave de um caso de corrupção envolvendo a construtora Odebrecht, concluiu que ele morreu de um ataque cardíaco, disse o legista na sexta-feira.

O gabinete do procurador-geral ordenou na terça-feira uma investigação sobre a morte, ocorrida em 9 de novembro, depois de o filho de Pizano, Alejandro Pizano Ponce de León, ter morrido dois dias depois por envenenamento com cianeto.

O procurador-geral disse que Pizano Ponce de León bebeu água de uma garrafa sobre a mesa do pai e morreu em minutos. O filho havia chegado no dia anterior a Barcelona para o funeral do pai.

As mortes são o mais recente desdobramento de uma investigação que tem a Odebrecht no centro de um enorme escândalo de corrupção na América Latina. A empresa reconheceu em acordo de 2016 que havia dado propinas a autoridades de vários países.

Jorge Pizano, auditor de uma concessão rodoviária da qual a Odebrecht era sócia, havia auxiliado promotores que investigavam acusações de que a empresa brasileira teria pago 30 milhões de dólares em propinas para garantir contratos na Colômbia.

A Odebrecht expressou pesar pelas mortes na sexta-feira e disse que continuaria a colaborar com as autoridades judiciais colombianas.

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