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Legalização de colônias quebra confiança em Israel, diz Alemanha

Segundo o país, "apenas uma solução negociada de dois Estados pode trazer uma paz duradoura"

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Sigmar Gabriel (Fabrizio Bensch/Reuters)

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Sigmar Gabriel (Fabrizio Bensch/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 14h13.

Berlim - O governo da Alemanha declarou nesta terça-feira que a aprovação pelo parlamento de Israel de uma lei de regularização para legalizar colônias judaicas em território ocupado da Cisjordânia "rompeu de maneira duradoura" a confiança que a Alemanha tinha no compromisso de Israel por uma solução de dois Estados.

"Apenas uma solução negociada de dois Estados pode trazer uma paz duradoura e tem que ser do interesse de Israel, e seguirá sendo o pilar fundamental de nossa política no Oriente Médio", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha em comunicado.

Assim, o governo alemão deseja e espera que o governo israelense "confirme novamente seu compromisso por uma solução negociada de dois Estados e a apoie com passos práticos, como exigiu o Quarteto para o Oriente Médio", integrado por Nações Unidas, Estados Unidos, Rússia e União Europeia (UE), acrescentou o Ministério no texto.

"Após as desconcertantes declarações de alguns integrantes do governo (israelense), que pedem abertamente uma anexação de partes da Cisjordânia e preparam os correspondentes projetos de lei, isto é agora uma questão de credibilidade", ressaltou o governo da Alemanha.

O Ministério alemão lembrou que o objetivo da lei aprovada ontem pelo parlamento israelense (Knesset) é legalizar com caráter retroativo várias colônias erguidas em terrenos privados palestinos em território ocupado e consideradas ilegais, até agora, também por Israel.

Muitos na Alemanha, um país profundamente ligado a Israel, se sentem "decepcionados" com essa medida, afirmou o Ministério no comunicado.

"Em vista das muitas dúvidas, manifestadas também pela procuradoria israelense, seria bom que a lei fosse submetida em breve a uma análise jurídica e crítica", concluiu o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha no comunicado.

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