Marine Le Pen exigiu nesta segunda-feira que a França feche o território a embarcações humanitárias como o Aquarius (Juan Medina/Reuters)
EFE
Publicado em 13 de agosto de 2018 às 13h09.
Última atualização em 13 de agosto de 2018 às 13h11.
Paris - A presidente do partido ultradireitista francês Agrupamento Nacional, Marine Le Pen, exigiu nesta segunda-feira que a França feche o território a embarcações humanitárias como o Aquarius, que solicitou um porto seguro para desembarcar aos 141 imigrantes resgatados na sexta-feira no Mediterrâneo.
"O Estado deve enviar o sinal de firmeza necessário e fechar nossos portos a esses navios de imigrantes!", indicou em sua conta do Twitter.
Ce n'est pas au communiste Jean-Claude Gayssot, président du port de Sète, de décider de notre politique migratoire en accueillant l'#Aquarius.
L’Etat doit enfin envoyer le signal de fermeté qui s’impose et fermer nos ports à ces navires de migrants ! MLP https://t.co/GF5UdV741t
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) August 13, 2018
Le Pen se pronunciou em resposta ao presidente do porto de Sète, Jean-Claude Gayssot, que hoje disse à emissora local "France Bleu Hérault" que sua instalação, no sudeste do país, se oferece para receber o Aquarius se obtiver a sinal verde das autoridades francesas.
"Não corresponde ao comunista Jean-Claude Gayssot, presidente do porto de Sète, decidir nossa política migratória acolhendo o Aquarius", acrescentou Le Pen na mensagem.
O Governo francês não se pronunciou, mas tem se apoiado recentemente no direito marítimo internacional, que em questões de salvamento estipula que as embarcações devem se dirigir ao porto mais próximo e seguro, o que no caso dos procedentes do litoral líbio são os da Itália e Malta.
Por enquanto, ambos países rejeitaram amparar a embarcação, e o Governo espanhol manifestou que, desta vez, a Espanha não é "o porto mais seguro" porque não é "o mais próximo segundo o estabelecido no Direito Internacional".
A ONG SOS Méditerranée, que opera o Aquarius junto com os Médicos Sem Fronteiras, afirmou hoje que, embora a situação a bordo seja estável e haja comida e provisões médicos para seguir no Mediterrâneo durante duas semanas, necessita de uma resposta em nível europeu.