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França será dirigida por uma mulher: "eu ou Merkel", diz Le Pen

A candidata da extrema-direita acusa Macron de ter uma política europeia ditada pela chanceler alemã e de não defender os direitos do país

Marine Le Pen: a candidata apontou que proporá uma "Europa de nações" para "salvá-la das garras de uma União Europeia que a está afundando" (Benoit Tessier/Reuters)

Marine Le Pen: a candidata apontou que proporá uma "Europa de nações" para "salvá-la das garras de uma União Europeia que a está afundando" (Benoit Tessier/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de maio de 2017 às 20h26.

Paris - A candidata de extrema direita à presidência de França, Marine Le Pen, afirmou nesta quarta-feira que seu país será dirigido "por uma mulher", seja ela ou a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ao acusar seu adversário no segundo turno das eleições do próximo domingo, o social liberal Emmanuel Macron, de estar protegido por Berlim.

"De qualquer forma, a França será dirigida por uma mulher, eu ou Merkel", disse Marine durante o único debate na televisão entre os dois candidatos antes do pleito decisivo.

A candidata do partido Frente Nacional (FN) acusou seu concorrente de ter uma política europeia ditada pela chanceler alemã e de não defender os direitos da França na União Europeia.

Marine apontou que proporá uma "Europa de nações" para "salvá-la das garras de uma União Europeia que a está afundando".

Sem indicar um calendário de metas, ela propôs o fim da adoção do euro pela França, mas ressaltou que a moeda comum coexistirá nas transações comerciais internacionais com o franco, que voltaria a ser usado pelos cidadãos do país.

Por sua vez, Macron considerou "irreal" o projeto de sua adversária, e "mortífero para o poder aquisitivo e a competitividade" da economia gala.

O candidato social liberal propôs a adoção de reformas que fortaleçam a economia francesa e que "permitam à UE proteger mais os cidadãos".

"Sou o candidato de uma França forte em uma Europa que protege. Não quero que se percam empregos e produtividade com a saída do euro", disse.

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