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Le Pen: desistência de Hollande responde a fracasso de governo

Em um ato em Villepinte, ela ironizou o fato de que, com a saída de Hollande e de seu antecessor, seus rivais serão os "dublês"

Marine le Pen: a presidente da Frente Nacional (FN) disse que não se surpreendeu com a decisão (Francois Guillot/AFP)

Marine le Pen: a presidente da Frente Nacional (FN) disse que não se surpreendeu com a decisão (Francois Guillot/AFP)

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EFE

Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 13h01.

Paris - A candidata da extrema direita às eleições presidenciais francesas, Marine le Pen, considerou nesta sexta-feira que a decisão do chefe do Estado, o socialista François Hollande, de não concorrer à reeleição responde ao fracasso de seu mandato.

Em um ato em Villepinte, ela ironizou o fato de que, com a saída de Hollande e de seu antecessor, o conservador Nicolas Sarkozy, seus rivais serão os "dublês", em alusão aos primeiros-ministros de seus respectivos mandatos, Manuel Valls e François Fillon.

A presidente da Frente Nacional (FN) disse que não se surpreendeu com a decisão de Hollande e que ela já tinha imaginado que isso aconteceria. Em sua opinião, o anúncio que o atual presidente fez ontem "marca o grande fracasso do quinquênio (de Hollande) e do Partido Socialista em conjunto".

"Meus adversários não serão nada mais do que os dublês, que, frequentemente, têm os mesmos defeitos dos atores principais e não têm as suas poucas qualidades", afirmou sarcasticamente, dando a entender que o primeiro-ministro Valls vai formalizar sua candidatura às primárias socialistas.

Fillon, primeiro-ministro durante os cinco anos de presidência de Sarkozy (2007 a 2012), foi o vencedor das primárias da direita, com dois terços dos votos no segundo turno, contra Alain Juppé.

Le Pen afirmou que esses dois primeiros-ministros "vão tentar fazer convencer (os eleitores) de que eles não têm responsabilidade no saldo, no passivo dos governos de Nicolas Sarkozy e de François Hollande", mas ela mesma vai se incumbir de lembrar que a "responsabilidade é integral nas políticas tomadas".

Por sua vez, o líder centrista François Bayrou qualificou de "louvável" a decisão de Hollande de não tentar se reeleger, mas justificou que o chefe de Estado foi "forçado" a fazer isso pelos resultados de sua ação.

Em comunicado, Bayrou ressaltou que embora o chefe de Estado socialista tenha querido mostrar uma imagem positiva, os franceses "conhecem o outro lado" de sua presidência.

A expectativa é de que Bayrou informe nos próximos dias se ele será candidato nas presidenciais.

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