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Lavrov pede que EUA respeitem referendo da Crimeia

Ministro das Relações Exteriores da Rússia pediu ao secretário de Estado americano que respeite resultados do referendo da Crimeia


	Sergei Lavrov: "destacamos novamente a necessidade de respeitar totalmente os resultados do referendo que aconteceu na Crimeia"
 (Andrew Harrer/Bloomberg News)

Sergei Lavrov: "destacamos novamente a necessidade de respeitar totalmente os resultados do referendo que aconteceu na Crimeia" (Andrew Harrer/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 16h42.

Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu nesta segunda-feira ao secretário de Estado americano, John Kerry, a respeitar os resultados do referendo no qual a Crimeia se pronunciou a favor do ingresso na Federação Russa.

"Destacamos novamente a necessidade de respeitar totalmente os resultados do referendo que aconteceu na Crimeia", disse Lavrov à imprensa depois de se reunir com Kerry em Haia durante a Cúpula de Segurança Nuclear.

Mais de 96% dos crimeanos se pronunciaram no dia 16 (domingo retrasado) em um referendo sobre a entrada na Rússia, desejo que se formalizou na sexta-feira passada quando o presidente russo, Vladimir Putin, promulgou a lei de anexação.

Lavrov ressaltou, no entanto, que "ninguém exige" que a comunidade internacional reconheça os resultados da consulta separatista, condenada unanimemente pelo Ocidente.

O ministro russo falou também com seu colega americano sobre a importância de que os extremistas não participem da vida política ucraniana.

"Acho que John Kerry, pelo menos, compreende a necessidade de promover o cumprimento dos acordos assinados em 21 de fevereiro", disse, em alusão ao documento assinado entre os líderes opositores e o então presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, um dia antes de ser cassado.

Lavrov lembrou que ainda não foram desarticulados todos os grupos armados, não foram desaslojados todos os edifícios do governo nem as praças de Kiev.

"Estamos convencidos de que é preciso começar uma amplíssima reforma constitucional, com a participação de todas as regiões. Nós não podemos obrigar os políticos ucranianos, mas essa é nossa avaliação da situação", ressaltou.

Além disso, criticou o fato de que a Ucrânia assinou a parte política do Acordo de Associação com a União Europeia antes da reforma constitucional e da realização de eleições presidenciais previstas para 25 de maio.

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