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Lavrov exige tratamento igualitário para Rússia

"Não sei se esta é a Europa que queremos", disse o ministro russo após lamentar o emprego de duplos padrões e de táticas coercitivas contra seu país

Lavrov: o chefe da diplomacia russa, que tachou de "mitos" as considerações em torno da "ameaça russa, defendeu que se deixe de lado a "retórica beligerante" (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Lavrov: o chefe da diplomacia russa, que tachou de "mitos" as considerações em torno da "ameaça russa, defendeu que se deixe de lado a "retórica beligerante" (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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EFE

Publicado em 8 de dezembro de 2016 às 15h44.

Última atualização em 8 de dezembro de 2016 às 17h57.

Hamburgo - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, exigiu nesta quinta-feira "respeito" para seu país e um tratamento igualitário, além do fim dos "duplos padrões" e da "coerção", para poder restabelecer a "confiança" e avançar na estabilização e na segurança do continente.

Lavrov fez estas declarações em seu discurso no conselho anual da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), um encontro realizado entre hoje e amanhã em Hamburgo, no noroeste da Alemanha.

"Não sei se esta é a Europa que queremos", disse o ministro russo após lamentar o emprego de duplos padrões e de táticas coercitivas contra seu país e pedir que a OSCE funcione realmente como uma "comunidade de iguais".

O chefe da diplomacia russa, que tachou de "mitos" as considerações em torno da "ameaça russa, defendeu que se deixe de lado a "retórica beligerante" e não se lance "alegações e requerimentos" antes de sentar-se para dialogar, porque assim se abala os fundamentos sobre os quais a OSCE foi erguida.

Para poder analisar o estado da segurança no continente europeu, é preciso dialogar em uma "atmosfera igualitária", destacou Lavrov, que criticou a estrutura de segurança que se levantou no continente nas últimas décadas, dando primazia à Otan e discriminando à Rússia.

Sobre a Ucrânia, Lavrov ressaltou que não há alternativa aos acordos de Minsk, pactuados pelos presidentes da Rússia e da Ucrânia, Vladimir Putin e Petro Poroshenko, no início de 2015.

Lavrov advertiu ainda que devem ser abortadas todas as tentativas de acabar com o consenso dentro da OSCE, base do funcionamento desta organização e principal motivo de seus problemas de efetividade.

O conselho anual da OSCE começou hoje com Síria e Ucrânia como principais pontos da agenda e dele vão participar 50 responsáveis das Relações Exteriores entre os quais se encontram, além de Lavrov, o americano John Kerry e o espanhol Alfonso Dastis.

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