Staffan de Mistura: o mediador da ONU chegou a Moscou depois de se reunir ontem em Genebra com o secretário de Estado americano (Ruben Sprich / Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2016 às 09h40.
Moscou - O ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, se reuniu nesta terça-feira em Moscou com o mediador da ONU para o conflito sírio, Staffan de Mistura, e elogiou seus esforços para regular da situação no país árabe.
"Elogiamos todos seus esforços, que consideramos uma grande contribuição ao avanço em todas as direções apontadas na resolução do Conselho de Segurança da ONU", disse o chefe do diplomacia russa, citado pelas agências locais, no começo da reunião com o mediador do organismo mundial.
Lavrov ressaltou a importância de conhecer em primeira mão a avaliação que De Mistura fez das perspectivas do processo negociador, já que -ressaltou- "não há alternativa à regulação política da crise síria".
O ministro russo acrescentou que para Moscou é também muito importante entender se todos seus parceiros "estão dispostos a avançar na direção referendada nas resoluções do Conselho de Segurança".
O ministro das Relações Exteriores indicou que os militares russos e americanos trabalham na "consolidação do regime de cessação de ações de combate, em sua ampliação a novas regiões e na criação de condições ótimas para a entrega de ajuda humanitária".
"Espero muito destas conversas. Eu gostaria de estabilizar em um aspecto: a volta do regime de cessação das hostilidades a seu leito normal. Em Genebra tentamos fazer todo o possível para fortalecer e desenvolver este mecanismo e dar uma maior eficácia", disse De Mistura.
O mediador da ONU chegou a Moscou depois de se reunir ontem em Genebra com o secretário de Estado americano, John Kerry, com quem acordou potencializar uma estratégia conjunta com a Rússia para restabelecer a cessação de hostilidades no país árabe.
Essa trégua está ameaçada desde 22 de abril, quando o governo sírio começou uma ofensiva contra Aleppo, a segunda cidade do país, reativando combates que deixaram pelo menos 250 mortos e dezenas de feridos entre a população civil desde essa data.