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Lavrov descarta negociações sem representantes da Ucrânia

O chanceler russo descartou qualquer negociação de paz para o leste da Ucrânia que não tenha representantes da região


	 O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov
 (Alexander Nemenov/AFP)

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov (Alexander Nemenov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 07h58.

Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, descartou nesta quarta-feira qualquer negociação de paz para o leste da Ucrânia que não conte com representantes das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.

"As tentativas de questionar a vigência dos documentos de Minsk são feitas por aqueles que querem retroceder este processo a um formato no qual Donetsk e Lugansk não estão representados", disse Lavrov em um discurso na Duma (Câmara dos Deputados da Rússia).

O chefe da diplomacia russa respondeu à proposta formulada ontem pelo primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, de buscar alternativas ao Grupo de Minsk (Ucrânia, separatistas, Rússia e a Organização sobre a Segurança e a Cooperação na Europa) e voltar ao formato negociador de Genebra (Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e União Europeia).

"O formato de Genebra é uma etapa passada", afirmou Lavrov. O chanceler acrescentou que Kiev procura excluir das negociações as duas regiões separatistas e tenta pressionar o Ocidente para que a "Rússia participe na qualidade de parte do conflito".

"Esta é uma política provocadora e contraproducente que não tem nenhuma possibilidade de êxito", criticou o ministro russo.

Segundo Lavrov, a Ucrânia necessita de um "diálogo com aqueles que se sublevaram contra o golpe de Estado anticonstitucional e não quiseram viver segundo as regras ditadas pelos organizadores e executores desse golpe".

Moscou insiste que a revolta popular que derrubou em fevereiro o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, foi um golpe de Estado, e que a insurreição armada nas regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk se tratou de uma resposta à ruptura da ordem constitucional no país. 

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