Pelo menos 13 aldeias ficaram inundadas pelos 5 bilhões de metros cúbicos de água liberados nesta segunda (MIME PHOUMSAVANH/Reuters)
EFE
Publicado em 27 de julho de 2018 às 11h30.
Última atualização em 27 de julho de 2018 às 11h30.
Bangcoc - O governo do Laos estimou em 10 mil as pessoas evacuadas por conta da ruptura de uma represa no sul do país e que afeta 13 cidades, além de aumentar para quatro o número de mortos e 127 os desaparecidos, informam nesta sexta-feira os veículos de imprensa locais.
"O número de cidades afetadas pode aumentar na medida que as águas buscam uma saída", disse Bounhome Phommasane, governador da região afetada, ao jornal governista "Vientiane Times".
O balanço oficial de mortos difere dos números extraoficiais divulgados pela mídia local, que apontam cerca de 20 mortos na tragédia.
Espera-se que os dados do governo sobre os falecidos aumentem à medida que as águas baixem e os danos causados possam ser quantificados com maior precisão.
Pelo menos 13 aldeias da província de Attapeu, no sul do país, ficaram inundadas pelos 5 bilhões de metros cúbicos de água liberados na última segunda-feira com a derrubada de uma seção da rede de reservatórios em construção da empresa Xe-Pian Xe-Namnoy Power Company (PNPC) nos rios Xe Pian e Xe Namnoy.
O projeto que desenvolve pela PNPC faz parte de um plano nacional para aproveitar a rede fluvial do país e transformar Laos em uma fonte geradora de eletricidade limpa para o Sudeste Asiático.
O governo do Laos responsabilizou ontem pela catástrofe a construtora (uma sociedade de joint venture formada por duas companhias coreanas, uma tailandesa e outra laosiana) que deverá assumir toda a responsabilidade.