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Lagos do planeta ficaram 2°C mais quentes em 25 anos, diz Nasa

O lago que mais sofreu mudanças foi o russo Ladoga, que ficou 4°C mais quente desde 1985

Lago Ladoga, na Rússia: aquecimento mais consistente das águas está no norte da Europa (Vitold Muratov/Wikimedia Commons)

Lago Ladoga, na Rússia: aquecimento mais consistente das águas está no norte da Europa (Vitold Muratov/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 09h11.

Washington - Os lagos de todo o mundo ficaram, em média, 2°C mais quentes desde 1985, o que representa aumento de temperatura duas vezes mais rápido que o da atmosfera global, segundo um estudo da Nasa.

A agência espacial americana chegou à conclusão após medir a temperatura superficial da água em 167 lagos de todo o mundo através da tecnologia de satélite do seu Jet Propulsion Laboratory.

O estudo, que será publicado nesta quarta-feira na revista Geophysical Research Letters, revela que os lagos se aqueceram em média 0,45°C por década, e alguns chegaram ao ritmo de 1°C por década.

Os lagos que registraram os maiores aumentos de temperatura são os do hemisfério norte, especialmente os situados em latitudes médias e altas.

O que mais se aqueceu foi o Ladoga, na Rússia, cuja temperatura aumentou 4°C desde 1985, seguido de perto pelo Tahoe, situado entre Califórnia e Nevada (Estados Unidos), que subiu 3°C no mesmo período, segundo o coautor do estudo, Simon Hook.


Por zonas, o norte da Europa é onde se registra um aquecimento mais consistente, enquanto no sudeste do continente, na região dos mares Negro e Cáspio, as temperaturas da água aumentam de forma mais suave.

Ao leste do Cazaquistão, na Sibéria, Mongólia e no norte da China a tendência de reaquecimento volta a se fortalecer, segundo indica o estudo.

Na América do Norte, os lagos que mais se aquecem são os do sudoeste dos Estados Unidos, a um ritmo ligeiramente superior ao dos Grandes Lagos do norte.

O aumento de temperatura é muito menor nos trópicos e no hemisfério sul, especialmente nas latitudes médias.

Para avaliar a temperatura, os pesquisadores da Nasa utilizaram tecnologia de infravermelhos da Administração Atmosférica e Oceânica Nacional dos EUA (NOAA, pela sigla em inglês) e da Agência Espacial Europeia (ESA).

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