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Kuwait e EUA destinarão US$ 880 milhões para o povo sírio

Estados Unidos e o Kuwait destinarão US$ 380 e 500 milhões, respectivamente, para fazer frente à dramática situação do povo sírio


	Tenda com refugiados sírios: os principais doadores para a ajuda de emergência na Síria são Kuwait, Estados Unidos, a União Europeia, Reino Unido e Japão
 (Nikolay Doychinov/AFP)

Tenda com refugiados sírios: os principais doadores para a ajuda de emergência na Síria são Kuwait, Estados Unidos, a União Europeia, Reino Unido e Japão (Nikolay Doychinov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 08h23.

Kuwait - Os Estados Unidos e o Kuwait destinarão US$ 380 e 500 milhões, respectivamente, para fazer frente à dramática situação do povo sírio, anunciaram os países nesta quarta-feira, durante a segunda conferência internacional de doadores realizada hoje na nação árabe.

O emir do Kuwait, o xeque Sabah al Ahmed Al-Sabah, revelou no discurso de abertura que seu país fornecerá uma ajuda de US$ 500 milhões, procedentes dos setores público e privado, para ajudar a população síria.

"Com a permissão dos filhos do Kuwait, vamos responder às chamadas humanitárias dos afetados e necessitados na Síria", disse no discurso.

"Somos conscientes da responsabilidade depositada sobre todos nós dada a magnitude do sangrento conflito sírio, e devemos nos esforçar para aliviar o sofrimento de nossos irmãos que estão dentro do país, e dos refugiados nos países vizinhos", acrescentou.

O xeque alertou sobre os "aterrorizantes números de mortos", que duplicam os falecidos que havia na primeira conferência de doadores (realizada há um ano), e chamou a atenção sobre os "alarmantes números de refugiados no exterior e os deslocados no país, que se viram castigados pela crueldade do inverno".

Enquanto isso, o secretário de Estado americano, John Kerry, anunciou que seu país doará outros US$ 380 milhões em ajuda ao povo sírio para fazer frente à crise humanitária.

Em discurso perante a conferência de doadores, na qual participam 69 países, Kerry anunciou a ajuda em nome do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "como apoio à perigosa situação que vivem os sírios".

Por seu lado, o ministro egípcio das Relações Exteriores, Nabil Fahmi, lembrou que seu país "dará as boas-vindas aos sírios sempre que forem hóspedes e refugiados" e reiterou que seu país "já deu ajudas aos sírios que se encontram em seu território".

Fahmi fugia assim das críticas que acusam o Governo egípcio de marginalizar os refugiados sírios e piorar suas condições após a destituição do presidente Mohammed Mursi.

O Kuwait pediu à comunidade internacional que participe da conferência de doadores em seu país, que pretende arrecadar os mais de US$ 6 bilhões que calcula que são necessários para fazer frente à crise síria.

Atualmente, os principais doadores para a ajuda de emergência na Síria são, por ordem de importância, Kuwait, Estados Unidos, a União Europeia, Reino Unido e Japão.

O Kuwait abrigou também a primeira conferência internacional de doadores para a Síria, há um ano, na qual superou o objetivo de assegurar a arrecadação de pelo menos US$ 1,5 bilhão para ajuda humanitária na Síria.

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