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Kuczynski e Keiko prestam depoimento no Chile sobre Odebrecht

Presidente peruano e a líder da oposição serão ouvidos amanhã por supostos vínculos com a construtora

Pedro Pablo Kuczynski: de acordo com a lei peruana, Kuczynski não pode ser acusado até que conclua seu mandato, em 2021 (Mariana Bazo/Reuters)

Pedro Pablo Kuczynski: de acordo com a lei peruana, Kuczynski não pode ser acusado até que conclua seu mandato, em 2021 (Mariana Bazo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de dezembro de 2017 às 17h47.

Lima - O presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski e a líder da oposição, Keiko Fujimori, serão interrogados amanhã por supostos vínculos com a construtora Odebrecht.

O fiscal anticorrupção Hamilton Castro irá questionar Kuczynski sobre o pagamento de mais de US$ 782 mil que a Odebrecht realizou a sua consultoria financeira, Westfield Capital enquanto o presidente era primeiro-ministro do governo de Alejandro Toledo, entre 2001 e 2006.

De acordo com a lei peruana, Kuczynski não pode ser acusado até que conclua seu mandato, em 2021, mas pode ser convocado como testemunha para esclarecer os vínculos de sua empresa com a empreiteira brasileira, que já admitiu ter subornado funcionários peruanos para obter contratos.

Já Keiko deve responder ao fiscal Domingo Pérez por suposta lavagem de dinheiro após os investigadores brasileiros encontrarem uma mensagem no celular de Marcelo Odebrecht com a frase "aumentar Keiko para 500", escrita antes da corrida presidencial de 2011, quando Keiko foi derrotada por Ollanta Humala. Odebrecht disse às autoridades peruanas que sua empresa havia dado dinheiro a Keiko, sem oferecer maiores detalhes. Ela nega ter recebido dinheiro da Odebrecht.

O interrogatório deve acontecer na mesma hora que um protesto contra o indulto do ex-presidente Alberto Fujimori, pai de Keiko, sentenciado a 25 anos de prisão.

Na véspera de Natal, Kuczynski explicou que decidiu libertar Fujimori por "questões humanitárias", uma vez que médicos concluíram que o ex-líder peruano sofre de problemas de saúde incuráveis e degenerativos. A ação, no entanto, foi percebida como um "jogo político" para evitar a destituição de Kuczynski.

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