Mundo

Ku Klux Klan convoca passeata para celebrar vitória de Trump

Em sua página na internet, os Leais Cavaleiros Brancos do KKK da Carolina do Norte convocam a marcha para 3 de dezembro

EUA: "a raça de Trump uniu meu povo", acrescenta a convocação, acompanhada de uma ilustração de Trump em uma espécie de efígie (Carlo Allegri/Reuters Brazil)

EUA: "a raça de Trump uniu meu povo", acrescenta a convocação, acompanhada de uma ilustração de Trump em uma espécie de efígie (Carlo Allegri/Reuters Brazil)

A

AFP

Publicado em 11 de novembro de 2016 às 17h36.

A organização racista Ku Klux Klan na Carolina do Norte convocou para dezembro uma marcha para celebrar a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais americanas.

Em sua página na internet, os Leais Cavaleiros Brancos do KKK da Carolina do Norte convocam a marcha para 3 de dezembro.

"Desfile Klan pela vitória em 3 de dezembro de 2016 na Carolina do Norte", anuncia a página.

"A raça de Trump uniu meu povo", acrescenta a convocação, acompanhada de uma ilustração de Trump em uma espécie de efígie, em que ele aparece majestoso, envolto pela legenda "presidente dos Estados Unidos".

Não foram divulgados mais detalhes sobre a caravana e o breve anúncio não informa nem a hora, nem o local da passeata.

Segundo o jornal local The News & Observer, os Leais Cavaleiros Brancos têm sede em Pelham, uma pequena cidade do norte do estado, na fronteira com a Virgínia.

No site, a organização descarta ser um "grupo de ódio", mas diz odiar "algumas coisas que certos grupos fazem contra nossa raça e nossa nação".

"Nosso objetivo é devolver a América à nação cristã branca", reforça a organização. "Isto não significa que queremos que nada de ruim aconteça às raças mais escuras. Simplesmente queremos viver separados delas".

A candidatura de Trump recebeu o apoio oficial do KKK, um apoio do qual sua campanha tentou se desligar nos meses que antecederam as eleições na terça-feira.

Além disso, em agosto, o supremacista branco e ex-líder nacional do KKK David Duke pediu votos para Trump.

"Se não detivermos a imigração em massa agora, eles serão mais que nós em nossa própria nação. Está acontecendo", disse Duke, em um áudio transmitido em telefonemas automáticos.

A porta-voz da campanha de Trump, Katrina Pierson, disse na ocasião à CNN que a gravação era "absolutamente inquietante".

Ku Klux Klan é o nome com o qual se identificam várias organizações de supremacistas brancos nos Estados Unidos. Eles justificam sua homofobia, anti-semitismo e racismo com passagens da Bíblia.

O grupo surgiu da Guerra da Secessão, quando a escravidão foi abolida, e marcou a história americana com seus frequentes linchamentos de negros no sul. A versão moderna adicionou à sua causa propósitos anti-imigração.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)Racismo

Mais de Mundo

Ucrânia fecha acordo com EUA sobre recursos minerais, diz imprensa americana

Novo boletim médico do Papa Francisco afirma que condição 'permanece crítica, mas estável'

Administração Trump autoriza que agências ignorem ordem de Musk sobre e-mails de prestação de contas

Chanceler de Lula pede protagonismo global dos países em desenvolvimento no Brics