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Kremlin explicará declaração de Putin sobre invadir Kiev

O Kremlin disse que vai provar que o presidente Vladimir Putin não disse que poderia tomar Kiev "em duas semanas"

Vladimir Putin: "se eu quisesse, em duas semanas eu tomo Kiev", teria dito o presidente (Mikhail Klimentyev/AFP)

Vladimir Putin: "se eu quisesse, em duas semanas eu tomo Kiev", teria dito o presidente (Mikhail Klimentyev/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 13h49.

Moscou - O Kremlin declarou nesta terça-feira que está pronto para tornar pública a gravação da conversa telefônica entre Vladimir Putin e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, para provar que o presidente russo não disse que poderia tomar Kiev "em duas semanas".

A administração presidencial "está pronta para tornar público o conteúdo (da conversa telefônica) para eliminar qualquer mal-entendido", indicou em uma carta a Barroso o representante russo para a UE, Vladimir Chizhov, citado pela agência oficial russa Itar-Tass.

A gravação da conversa será divulgada, se a União Europeia não informar sua objeção a tal publicação nos próximos dois dias, disse Chizhov.

Em um artigo publicado na segunda-feira pelo jornal italiano La Repubblica, o presidente da Comissão Europeia informou que Putin não quis responder a perguntas sobre as tropas russas na Ucrânia e se mostrou ameaçador: "Se eu quisesse, em duas semanas eu tomo Kiev".

No final da conversa telefônica entre os dois líderes, que aconteceu sexta-feira, a Comissão Europeia emitiu um comunicado, referindo-se a uma "troca de pontos de vista muito francas".

"Não é apropriada", disse pouco depois Yuri Ushakov, assessor do Kremlin para assuntos internacionais. "Isso vai além das práticas diplomáticas, se tiver sido feita. Este não é o nível de uma figura política séria".

"Que essas palavras foram ditas ou não, acho que essas citações foram tiradas do contexto e tinham um significado totalmente diferente", ressaltou Ushakov.

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