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Kofi Annan diz estar frustrado com mortes na Síria

O emissário da ONU e da Liga Árabe fez um apelo para que o presidente Bashar al-Assad tome medidas ousadas para acelerar o fim da violência

Annan disse que a crise na Síria "não é algo que possa durar para sempre"
 (Louai Beshara/AFP)

Annan disse que a crise na Síria "não é algo que possa durar para sempre" (Louai Beshara/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2012 às 12h01.

Beirute - O emissário da ONU e da Liga Árabe Kofi Annan afirmou nesta sexta-feira que está frustrado com o derramamento de sangue na Síria e fez um apelo para que o presidente Bashar al-Assad tome medidas ousadas para acelerar o fim da violência.

"O presidente Assad precisa tomar uma atitude corajosa na Síria para colocar uma verdadeira energia na implementação do plano de paz de seis pontos", disse Annan em Beirute após uma reunião com funcionários de alto escalão libaneses.

Annan, em viagem regional aos vizinhos da Síria, depois de ter se reunido no início da semana em Damasco com Assad, disse que ficou "frustrado pela violência" na Síria, onde na semana passada 108 pessoas foram mortas na cidade de Houla.

"Estamos todos impacientes e frustrados com a violência, com os assassinatos. Talvez eu esteja ainda mais frustrado do que a maioria de vocês", disse Annan, que intermediou um cessar-fogo, violado diariamente desde o dia 12 de abril.

"Eu realmente quero ver as coisas se moverem muito mais rápido do que foi feito por eles", disse o ex-chefe da ONU, que também pediu que a comunidade internacional "intensifique seus esforços" para ajudar a por fim à violência que assola a Síria há 15 meses.

Mas Annan também adotou um tom de otimismo, dizendo à imprensa em Beirute que a crise na Síria "não é algo que possa durar para sempre".

Cerca de 300 observadores desarmados da ONU foram enviados à Síria desde o início do cessar-fogo como parte do plano Annan, que também estipulou que o exército deveria sair das cidades.

Observadores dizem que mais de 13.400 pessoas foram mortas na Síria desde o início da revolta contra o regime, em março de 2011, incluindo 2.300 desde o dia 12 de abril.

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