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O que aconteceu pelo mundo: Kirchner volta; atentado na Bélgica

A ex-presidente argentina, Cristina Kirchner, vai retornar à política e concorrer a uma cadeira no Senado nas eleições legislativas de 22 de outubro

CRISTINA KIRCHNER: em estádio lotado, a ex-presidente argentina anunciou sua volta à polícia / Marcos Brindicci/Reuters

CRISTINA KIRCHNER: em estádio lotado, a ex-presidente argentina anunciou sua volta à polícia / Marcos Brindicci/Reuters

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2017 às 18h52.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h43.

Cristina de volta

A ex-presidente argentina, Cristina Kirchner, vai retornar à política e concorrer a uma cadeira no Senado nas eleições legislativas de 22 de outubro. Em discurso para um estádio com quase 30.000 pessoas em Buenos Aires, Cristina anunciou a criação de um novo partido, o Unidade Cidadã — uma ruptura com o Partido Justicialista, tradicional grupo do peronismo ao qual os Kirchner eram vinculados. Aos gritos de “voltaremos” da multidão, a ex-presidente criticou medidas do presidente Mauricio Macri, como o aumento das tarifas de gás e eletricidade, os cortes de gastos em educação e saúde e a inflação de 40% no país.

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OEA: sem sucesso

A Organização dos Estados Americanos (OEA) não conseguiu aprovar uma resolução contra a Venezuela em uma reunião geral nesta terça-feira em Cancún, no México. Apresentada pela diplomacia do México, a resolução precisava de 23 votos dos países-membros da OEA, mas só obteve 20. Cinco países votaram contra — incluindo a Bolívia —, e países como Haiti, República Dominicana e El Salvador se abstiveram de votar, possivelmente por suas dívidas com a Venezuela e alta dependência do petróleo do país. O ministro das Relações Exteriores, Luis Videgaray, disse que a OEA vai continuar tentando alcançar “um mecanismo de solução”.

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Venezuela: procuradora na berlinda

O Tribunal Superior de Justiça da Venezuela autorizou a abertura de um processo contra a procuradora Luisa Ortega Díaz. A oficial é acusada de mentir ao dizer que os 33 magistrados do TSJ não têm respaldo — eles foram escolhidos pelo Parlamento, então de maioria governista, em 2015. A procuradora, que foi aliado do ex-presidente Hugo Chávez, tornou-se forte opositora do governo do presidente Nicolás Maduro. No início do mês, ela pediu anulação da Assembleia Constituinte convocada por Maduro e afirmou que sua família vem sendo “perseguida”.

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Trump e Poroshenko

O presidente americano, Donald Trump, recebeu o presidente ucraniano, Petro Poroshenko. Trump disse apoiar uma resolução pacífica para o fim do conflito pela Crimeia, território ucraniano anexado pela Rússia em 2014, e em comunicado após o encontro, a Casa Branca disse apoiar “a resolução pacífica” da questão. Não houve, contudo, menção ao acordo de Minsk, pacto em que o ex-presidente Barack Obama prometeu pressionar os russos a parar de apoiar os rebeldes separatistas na Crimeia. Na semana passada, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, disse que os americanos podem se afastar do acordo.

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China falhou

Também nesta quinta-feira, Trump afirmou que, “embora aprecie imensamente” os esforços da China para convencer a Coreia do Norte a desistir de seu programa nuclear, as negociações “não funcionaram”. “Pelo menos eu sei que a China tentou”, disse. O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, e o de Defesa, James Mattis, se encontram na quarta-feira com representantes chineses para discutir temas de segurança. A declaração de Trump acontece um dia após a morte do estudante americano Otto Warmbier, preso na Coreia do Norte em 2016 e devolvido aos Estados Unidos em coma na semana passada. As causas da morte ainda não foram esclarecidas.

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Mais tensão na Síria

Os Estados Unidos derrubaram, pela segunda vez em 12 dias, um drone iraniano que estaria sobrevoando uma de suas bases militares na Síria. Também nesta terça-feira, um avião russo foi visto sobrevoando outra base americana no Mar Báltico. Tanto Irã quanto Rússia são favoráveis ao ditador sírio Bashar al-Assad, enquanto os Estados Unidos apóiam forças rebeldes, com o argumento oficial de que elas atuam contra o Estado Islâmico. As tensões na região se intensificaram no domingo, após os Estados Unidos derrubarem um avião da Rússia que ameaçava forças rebeldes apoiadas por Washington — o caso fez os russos classificarem como “alvos” todos os aviões americanos.

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