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Kirchner vai ao Chile para ratificar tratado

O secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas busca a aprovação do congresso nacional chileno para ter condições de consolidar o bloco

Néstor e Cristina Kirchner: O secretário-geral da Unasul precisa da aprovação de pelo menos nove congressos nacionais para consolidar o bloco    (.)

Néstor e Cristina Kirchner: O secretário-geral da Unasul precisa da aprovação de pelo menos nove congressos nacionais para consolidar o bloco (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Buenos Aires - O secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Néstor Kirchner, visitará o Chile hoje (6), em busca de apoio dos parlamentares locais para ratificar o tratado constitutivo do bloco regional.

Ao reunir Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Guiana, Suriname e Venezuela, a Unasul teve suas bases lançadas em dezembro de 2004, durante reunião de presidentes sul-americanos, na cidade peruana de Cusco, mas somente tornou-se um bloco regional em maio de 2008, em Brasília. Na ocasião, 12 presidentes assinaram o tratado constitutivo. Esse é o documento que, agora, precisa da aprovação de pelo menos nove congressos nacionais para que a Unasul torne-se efetivamente um organismo internacional.

Até o momento, os congressos da Argentina, da Bolívia, do Equador, da Guiana, do Peru e da Venezuela já aprovaram o tratado constitutivo da Unasul. Néstor Kirchner foi eleito o primeiro secretário-geral da entidade no dia 4 de maio deste ano, quando os presidentes sul-americanos participaram de reunião extraordinária da entidade, em Buenos Aires. No encontro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a eleição de Kirchner para a secretaria-geral da Unasul era mais uma etapa para a consolidação do bloco regional.

Desde que assumiu o cargo, Néstor Kirchner já esteve no Paraguai e no Equador para conversar com parlamentares sobre a votação do tratado constitutivo da Unasul. Depois do Chile, onde estará no dia de hoje, Kirchner visitará os congressos do Peru e da Bolívia. Ainda não há previsão da viagem que o secretário-geral da Unasul deverá fazer ao Brasil. Em recente entrevista, ele disse que após a formalização do tratado constitutivo pelos congressos de pelo menos nove países, o próximo passo será estabelecer as fontes de financiamento da entidade.

O objetivo da Unasul é estruturar a integração política, econômica e social entre os países do continente. Na reunião extraordinária, que elegeu Kirchner como secretário-geral, por exemplo, os presidentes e chefes de Estado da Unasul decidiram que é preciso melhorar a qualidade do ensino superior nos países do bloco, adotando critérios comuns para os órgãos que cuidam do setor.

Um conselho que já existia na Unasul, mas aguardava a eleição do secretário-geral para tomar as primeiras iniciativas, ficou encarregado de analisar o assunto. Trata-se do Conselho Sul-Americano de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Inovação. Um dos primeiros passos do órgão será formar uma equipe de trabalho para verificar a situação do ensino superior na região e sugerir melhoria.

A próxima reunião de cúpula da Unasul será em agosto deste ano, na Guiana. Kirchner apresentará os resultados de seus primeiros meses como secretário-geral. Antes disso, porém, já na próxima quinta-feira (8), uma reunião de chanceleres da entidade ocorrerá em Quito, capital do Equador, onde está a sede provisória da Unasul.

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