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Kim Jong-Un quer reforçar arsenal nuclear da Coreia do Norte

Kim Jong-Un expressou sua "grande satisfação após o bem sucedido exercício de disparo de mísseis balísticos, que demonstraram a capacidade de seu exército


	Kim Jong-Un: a Coreia do Norte lançou na segunda-feira três mísseis balísticos
 (KNS/AFP)

Kim Jong-Un: a Coreia do Norte lançou na segunda-feira três mísseis balísticos (KNS/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2016 às 09h38.

O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, incentivou as Forças Armadas a seguir em frente com o desenvolvimento do arsenal nuclear do país, e classificou de perfeitos os recentes lançamentos de mísseis, que serão tema de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta terça-feira.

Kim Jong-Un expressou sua "grande satisfação após o bem sucedido exercício de disparo de mísseis balísticos, que demonstraram a capacidade de seu exército de lançar um ataque preventivo contra seus inimigos a qualquer momento", segundo a agência KCNA.

A Coreia do Norte lançou na segunda-feira três mísseis balísticos a partir de sua costa oriental.

Os três mísseis foram lançados a partir do condado de Hwangju e caíram no mar do Japão, menos de 15 dias depois do lançamento de um projétil por um submarino norte-coreano.

"O exercício foi realizado por unidades de artilharia encarregadas de alcançar as bases das forças do agressor americano imperialista no teatro de operações do Pacífico em caso de emergência, cm supervisão de Kim Jong-Un", indicou a agência oficial KCNA.

"A capacidade destas unidades de travar uma verdadeira batalha e seu desempenho em combate foram classificados como perfeitos", acrescentas a nota.

"Kim enfatizou a necessidade de continuar com essas realizações milagrosas, reforçando o poderio nuclear passo a passo neste ano história", afirma ainda a agência norte-coreana.

Segundo o ministério da Defesa sul-corano, os mísseis disparados seriam os do tipo Rodong de um alcance de 1.000 quilômetros.

Esses mísseis são uma versão melhoradas dos Scud, de um alcance máximo de 1.300 km, o que permitiria alcançar a quase totalidade do território japonês.

Os últimos lançamentos foram condenados pelo Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos.

O ministério japonês da Defesa expressou "sua profunda preocupação diante destes disparos de mísseis, que constituem uma grave ameaça para a segurança nacional do Japão", segundo um comunicado.

A Coreia do Norte está proibida por resoluções da ONU de usar qualquer tecnologia de mísseis balísticos, mas neste ano o país realizou cerca de 20 testes e um teste nuclear, feito em janeiro.

No último deles, em 24 de agosto, lançou um projétil SLBM a partir de um submarino. O míssil percorreu cerca de 500 quilômetros em direção ao Japão, o que, para os especialistas, representa um claro progresso nos programas balísticos norte-coreanos.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúne no meio da tarde desta terça a pedido dos Estados Unidos e Japão para estudar uma eventual resposta ao desafio norte-coreano.

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