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Kim Jong Un quer que Papa visite a Coreia do Norte

Presidente norte-coreano garantiu que o pontífice terá "calorosas boas-vindas"

Imagem de arquivo: a liberdade religiosa é garantida pela Constituição norte-coreana. Entretanto, as atividades religiosas são rigorosamente vigiadas e totalmente proibida por fora das estruturas oficiais (Jonathan Ernst/File Photo/Reuters)

Imagem de arquivo: a liberdade religiosa é garantida pela Constituição norte-coreana. Entretanto, as atividades religiosas são rigorosamente vigiadas e totalmente proibida por fora das estruturas oficiais (Jonathan Ernst/File Photo/Reuters)

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AFP

Publicado em 9 de outubro de 2018 às 07h53.

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, convidou o papa Francisco para visitar a Coreia do Norte, garantindo que ele terá "calorosas boas-vindas", informou nesta terça-feira apresidência sul-coreana após informar que enviará a mensagem de Pyongyang ao Vaticano.

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, terá uma audiência com o Papa durante sua visita ao Vaticano de 17 a 18 de outubro.

"Durante o encontro com o papa Francisco, (Moon) transmitirá a mensagem do presidente Kim Jong Un de que lhe dará calorosas boas-vindas se ele visitar Pyongyang", disse o porta-voz de Moon, Kim Eui-kyeom, a jornalistas.

Moon começará uma viagem de nove dias à Europa entre 13 e 21 de outubro que inclui etapas na França, na Itália, na Dinamarca e no Vaticano.

Moon se aproxima atualmente de Kim, depois das três reuniões entre os dois no último año.

Na última cúpula, que aconteceu em Pyongyang no mês passado, Moon foi acompanhado pelo arcebispo sul-coreano Hyginus Kim Hee-joong.

Segundo o porta-voz de Mooon, durante essa reunião, Kim pediu ao arcebispo que comunicasse ao Vaticano sobre sua intenção de trabalhar pela paz.

O líder norte-coreano deu vários passos rumo à reconciliação desde o ano passado, incluindo uma histórica cúpula com o presidente americano Donald Trump em junho.

A liberdade religiosa é garantida pela Constituição norte-coreana. Entretanto, as atividades religiosas são rigorosamente vigiadas e totalmente proibida por fora das estruturas oficiais.

No começo do século XX, antes da divisão da península, Pyongyang era um importante centro religioso, com numerosas igrejas e uma comunidade cristã que era chamada de "Jerusalém da Ásia".

No entanto, o fundador do regime e avô do atual líder, Kim Il Sung, considerava a religião cristã uma ameaça contra seu reino autoritário e a erradicou com execuções e trabalhos forçados nos campos.

Desde então, o regime norte-coreano autorizou as organizações católicas a desenvolver projetos de ajuda em seu território, mas não tem relações diretas com o Vaticano.

Em sua visita à Coreia do Sul em 2014, o papa Francisco fez uma missa especial em Seul dedicada à reunificação coreana.

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