O presidente russo, Vladimir Putin, ofereceu condolências ao colega norte-coreano, Kim Jong-Un, pelas inundações devastadoras na Coreia do Norte (Contributor/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 4 de agosto de 2024 às 09h36.
O presidente russo, Vladimir Putin, ofereceu condolências ao colega norte-coreano, Kim Jong-Un, pelas inundações devastadoras que causaram inúmeras vítimas e danificaram milhares de casas, informou o Kremlin neste sábado. O Norte, por sua vez, disse neste domingo que Putin também ofereceu "apoio humanitário imediato" para ajudar em seus esforços de recuperação, ao que Kim respondeu que "podia sentir profundamente a emoção especial por um amigo genuíno".
Pyongyang disse esta semana que viu uma chuva recorde em 27 de julho, que matou um número não especificado de pessoas, inundou moradias e submergiu áreas de terras agrícolas no norte, perto da China.
"Peço que transmitam palavras de simpatia e apoio a todos aqueles que perderam seus entes queridos em consequência da tempestade", disse Putin em um telegrama a Kim. "Você sempre pode contar com nossa ajuda e apoio."
"A mensagem de simpatia de Moscou foi transmitida ao Ministério das Relações Exteriores da RPDC" no sábado, disse a agência oficial KCNA, observando que foi imediatamente reportada ao líder Kim.
Kim agradeceu a Putin pela iniciativa, mas disse ter "planos já estabelecidos, pois medidas estatais foram tomadas no estágio atual". Sobre a oferta, Kim disse que "se ajuda for necessária no curso, ele a pedirá aos amigos mais verdadeiros em Moscou", informou a KCNA.
Pyongyang disse na quarta-feira que autoridades que negligenciaram suas funções de prevenção de desastres causaram vítimas não especificadas, sem fornecer detalhes sobre o local. No sábado, foi dito que não houve vítimas na área de Sinuiju, a região que Pyongyang alegou ter sofrido os "maiores danos causados pelas enchentes".
A Coreia do Norte e a Rússia são aliadas desde a fundação do Norte após a Segunda Guerra Mundial e se aproximaram ainda mais desde a invasão da Ucrânia por Moscou em 2022.
A mídia da Coreia do Sul, que ofereceu apoio urgente às vítimas, disse nesta semana que o número de mortos e desaparecidos pode chegar a 1.500. Kim criticou os relatórios, descartando-os como uma "campanha de difamação para nos trazer desgraça e manchar" a imagem do Norte.
A Coreia do Norte é acusada de violar medidas de controle de armas ao fornecer armas à Rússia para uso em sua guerra na Ucrânia. Desastres naturais tendem a ter um impacto maior no país isolado e empobrecido devido à sua infraestrutura fraca, enquanto o desmatamento o deixou vulnerável a inundações.