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Kiev instalará pista de patinação em acampamento opositor

Prefeitura ordenou instalação de uma pista na Praça da Independência, onde milhares de pessoas protestam há três semanas

Forças de segurança em Kiev, na Ucrânia: opositores não perdoam presidente ucraniano, que não assinou Acordo de Associação com a União Europeia (Gleb Garanich/Reuters)

Forças de segurança em Kiev, na Ucrânia: opositores não perdoam presidente ucraniano, que não assinou Acordo de Associação com a União Europeia (Gleb Garanich/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 15h03.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2018 às 18h57.

Kiev - A prefeitura de Kiev ordenou a instalação no domingo de uma pista de patinação sobre o gelo na Praça da Independência, onde milhares de pessoas protestam há três semanas, informou nesta terça-feira um jornal local.

O decreto foi aprovado pela administração municipal de Kiev no último dia 22 de outubro, um mês antes que se iniciassem os primeiros protestos no centro da cidade.

Ao mesmo tempo, o prefeito interino de Kiev, Aleksandr Popov, reiterou hoje que as autoridades municipais "nem têm nem podem ter nenhum plano de intervenção pela força para resolver o conflito" e desocupar tanto a Praça da Independência como o edifício da própria prefeitura, tomados por milhares de pessoas desde 1º de dezembro.

"Embora haja quem queira provocá-lo (o despejo), haverá um diálogo civilizado e democrático sobre como garantir uma atividade normal na cidade e os direitos das pessoas de acordo com a lei", ressaltou Popov a uma televisão local.

Acrescentou, no entanto, que a tomada do edifício principal da prefeitura de Kiev foi ilegal e pediu aos manifestantes que abandonem as dependências de maneira pacífica.

Durante a grande manifestação do fim de semana, na qual centenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Kiev, a oposição exigiu como condição para o diálogo a renúncia do governo, a libertação dos manifestantes detidos e a punição dos que ordenaram a repressão violenta das manifestações pacíficas.

Após o cumprimento dessas condições, a oposição estaria disposta a sentar-se à mesa de negociações com as autoridades para formar um governo técnico que se encarregaria de negociar a associação com a União Europeia.

Além disso, esse governo provisório deveria convocar eleições presidenciais e parlamentares antecipadas, uma vez reformada a Constituição.

Os opositores não perdoam o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, que não assinou no final de novembro o Acordo de Associação com a União Europeia.

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