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Kiev e separatistas mantêm divergências sobre unidade

Enquanto o presidente ucraniano reitera que o leste do país continuará como parte da nação, os separatistas reivindicam a independência

O presidente ucraniano Petro Poroshenko: "a situação na frente de batalha mudou" (Philippe Desmazes/AFP)

O presidente ucraniano Petro Poroshenko: "a situação na frente de batalha mudou" (Philippe Desmazes/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 11h19.

Kiev - O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, reiterou nesta quarta-feira que a região em conflito do leste do país continuará como parte da nação, ao mesmo tempo que os separatistas pró-Rússia repetiram a reivindicação de independência.

"A Ucrânia não fez nenhuma concessão sobre sua integridade territorial e o leste continuará como parte da Ucrânia", disse Poroshenko, cinco dias depois do anúncio de um cessar-fogo entre Kiev e os insurgentes sobre o conflito iniciado em abril.

Pouco depois, no entanto, o vice-primeiro-ministro da autoproclamada República Popular de Donetsk, Andrei Purguin, se mostrou taxativo:

"Não pretendemos seguir como parte da Ucrânia".

Poroshenko anunciou que enviará ao Parlamento um projeto de lei que garante mais autonomia ao leste separatista.

"Não pode existir um debate sobre uma federação ou sobre uma separação (das regiões do leste). A lei sobre uma administração autônoma temporária para os distritos de Donetsk e Lugansk (dois redutos rebeldes) prevê um estatuto que mantém estas regiões na Ucrânia", disse.

O presidente também comentou o cenário do conflito.

"A situação na frente de batalha mudou radicalmente. Antes do anúncio do cessar-fogo, a Ucrânia perdia a cada dia dezenas de vidas de seus heróis".

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