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Kiev e Moscou tem acordo para retirar armas pesadas do front

O Memorando de Minsk previa a retirada do armamento pesado da zona de conflito, mas não detalhava como este processo aconteceria


	Rebeldes na Ucrânia: acordo fechado hoje indica apenas de onde armas serão retiradas primeiro
 (Shamil Zhumatov/Reuters)

Rebeldes na Ucrânia: acordo fechado hoje indica apenas de onde armas serão retiradas primeiro (Shamil Zhumatov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 20h40.

Berlim - O governo da Alemanha antecipou nesta quarta-feira que Rússia e Ucrânia concordaram em retirar o armamento pesado do front no leste da Ucrânia e retomar as conversas em busca de uma saída para o conflito através do grupo internacional de contato.

A informação foi dada pelo ministro das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, ao término do encontro nos arredores de Berlim com os chanceleres russo, Sergei Lavrov, ucraniano, Pavlov Klimkin, e francês, Laurent Fabius.

"Se o estipulado for realizado, estaremos a mais um passo próximos da cúpula (de líderes) de Astana que muitos esperam", afirmou Steinmeier em referência a um encontro entre os líderes de Ucrânia e Rússia, com a mediação franco-alemã, no Cazaquistão.

O chefe da diplomacia alemã assegurou que no encontro foram alcançados "verdadeiros avanços", para iniciar a evacuação do armamento pesado no leste da Ucrânia pela denominada linha de demarcação, a fronteira entre o território controlado pelos rebeldes pró-Rússia e o dos soldados ucranianos.

O Memorando de Minsk previa a retirada do armamento pesado da zona de conflito, mas não detalhava como este processo aconteceria.

O acordo fechado hoje indica apenas de onde as armas serão retiradas primeiro.

Além disso, Ucrânia e Rússia acordaram hoje em Berlim que o grupo internacional de contato volte a reunir o mais rápido possível com o objetivo concreto de negociar como pode ser feita a distribuição de ajuda humanitária na zona.

Apesar de terem conseguido estes dois acordos concretos, Steinmeier optou pela cautela e defendeu que estes pontos não fiquem só no papel, mas se transformem em uma realidade no terreno.

O ministro de Relações Exteriores da Alemanha foi o único a falar com a imprensa após o encontro, e se mostrou satisfeito porque Lavrov mostrou a disposição do governo russo de exercer "a influência necessária" sobre os rebeldes pró-Rússia do leste da Ucrânia cumprirem o pactuado em Berlim.

"Espero que isto tenha consequências", acrescentou Steinmeier.

O encontro de hoje foi o quarto realizado entre os ministros das Relações Exteriores de Rússia, Ucrânia, Alemanha e França em Berlim para tentar buscar uma saída diplomática à crise do leste da Ucrânia.

A reunião aconteceu dez dias depois da anterior, quando não houce alcançou nenhum avanço, e após a agudização da violência na região.

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